terça-feira, 3 de abril de 2007

A vida política portuguesa é engraçada, pelo menos a avaliar pelos registos do líder do maior partido da oposição.
Marques Mendes, presidente do PSD, considerou segunda-feira na Guarda, onde falava no jantar da tomada de posse da nova Comissão Política Distrital do PSD-Guarda, que está na altura de pôr fim à actual política do «quero, posso e mando», seguida pelo actual Governo socialista.
Sobre a política seguida por José Sócrates, o líder nacional do PSD considerou tratar-se de «uma política de autoritarismo, prepotente, arrogante» e «uma política que só conduz à precipitação».
Admitiu que «decidir é importante» mas do seu ponto de vista, «decidir desta forma, sem critério e sem justiça, só leva à perturbação social, só faz virar portugueses contra portugueses».
Na verdade Marques Mendes tem toda a razão. As decisões de Sócrates só estão a virar portugueses contra portugueses, sendo que isso pode muito bem aferir-se nos resultados das sondagens, porquanto o Partido Socialista, se não sobe, mantém, enquanto a prática do PSD e do seu líder é a queda.
Mas claro que enquanto Marques Mendes anda entretido nesta fanfarronice, não tem que dar contributos sérios para solucionar os problemas, de que também é patrono. Vai atirando com a baixa de impostos, como se as pessoas não percebessem o discurso demagógico que a questão encerra.
Aliás, ontem o "Prós e Contras" deixou-me amargurado.
A amargura não adveio do non sence do sr. deputado Miguel Frasquilho sobre quem já demonstrei ser uma personagem dotado de uma incoerência verdadeiramente notável. A amargura centrou-se no facto de ver ali o ex-ministro das Finanças Miguel Cadilhe a apostar em ideias que não teve coragem de introduzir durante a sua passagem pelo ministério, sendo que parecia que estava ali a fazer um frete, para além de ir dando algumas explicações ao outro Miguel. Paupérrimo dr. Cadilhe.
E já agora dr. Mendes quando diz que defende o fim da política do «quero, posso e mando» não está a mandar nenhuma indirecta ao seu confrade Alberto João Jardim, pois não?

Estavam à espera de quê? Segundo peritos do Museu Britânico, o Museu Arqueológico de Bagdad foi espoliado de aproximadamente 8 mil objectos e peças arqueológicas desde a invasão do Iraque na Primavera de 2003.
Com uma investigação criteriosa chegavam às peças. Convém não esquecer que este Museu foi de imediato colocado sob a alçada de tropas americanas e inglesas, aquando da invasão.

E hoje, para terminar, aqui fica uma hiperligação para um excelente artigo de Adriano Moreira no DN.

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