domingo, 29 de abril de 2007

Nova comédia com as FA. No âmbito da reforma do Sistema de Saúde Militar o Governo, no sentido de “racionalizar a gestão de recursos humanos e materiais”, pretende que os actuais seis hospitais militares existentes no País possam ser integrados num único, com pólos em Lisboa e no Porto.
Só que as chefias militares são contra a criação de um único hospital das Forças Armadas, tendo já manifestado a sua discordância ao ministro da Defesa, Severiano Teixeira, já que afirmam que com esta remodelação não fica garantida a especificidade de cada ramo na área da saúde.
Traduzindo de uma forma global poderá dizer-se que um problema cardíaco num militar do exército é diferente de um problema cardíaco de um militar da marinha, sendo que o cardiologista do exército não tem capacidade para resolver a situação ao homem da marinha.
Vamos lá entender-nos. Quantas cirurgias fazem cada um dos actuais hospitais militares? Quantas consultas a militares no activo e na reforma? Quantos doentes se encontram internados em cada um dos hospitais?
Claro que eu sei que por exemplo o hospital da Marinha tem uma valência que só existe naquele hospital, a medicina hiperbárica, e que está relacionada com descompressão dos mergulhadores, no da Força Aérea e no do Exército não vislumbro nada de especial.
Mas eu estou convicto que uma reorganização só trará vantagens aos utentes.
Eu compreendo perfeitamente o artigo do Major‑General, Médico, José Carlos Nunes Marques, mas deixo aqui estatísticas oficiais do ano de 2005, para que possamos confrontar os números, já que ao que parece os números são a grande força do referido artigo.

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