sexta-feira, 20 de abril de 2007

Pior que a conferência bombástica da Universidade Independente, só mesmo o debate entre Portas e Ribeiro e Castro.
Nada de novo foi acrescentado. As acusações entre um e outro são as de sempre, sendo que a única novidade foi o facto de Portas ter ido rebuscar a velha acusação de Telmo Correia no congresso de Lisboa, em Abril de 2005, quando este acusou Ribeiro e Castro de ser eurodeputado e não poder, por isso, questionar directamente o primeiro-ministro.
Agora uma coisa se fica a dever a Ribeiro e Castro nesta espécie de guerra e que é o trazer para o combate político adjectivos carregados de sagacidade e humor: "menino da bola" com que brindou Portas, a história do "partido trotinete" e "um líder do partido que se apeou antes das provas difíceis e agora quer regressar ao apeadeiro", são exemplos disso mesmo.

Dispensa especial de serviço?! O ministério da Educação recusou conceder uma dispensa especial de serviço aos docentes que participam no IX congresso da Federação Nacional dos Professores, ao contrário do que aconteceu nos encontros anteriores. Mário Nogueira, dirigente da Fenprof e candidato à liderança, declarou à Lusa que "Em todos os outros congressos (que se realizam de três em três anos) o ministério concedeu sempre uma licença especial de serviço. É a primeira vez que os congressistas terão de justificar a falta ao abrigo da lei sindical".
Ora vamos lá ver uma coisa estão ou não estão a faltar por motivos sindicais? Então porquê dispensa especial de serviço? Ou será que estavam à espera da licença especial para irem tratar da vidinha? Ou será que a Fenprof não estava interessada em passar justificações?
E a propósito: será que o PCP vai "oferecer" a Intersindical a Mário Nogueira se este conseguir vencer as eleições para a Fenprof? Se tal acontecer é uma jogada de mestre: de uma só penada trocam de dirigente na Fenprof (sai Paulo Sucena, ortodoxo e membro do Comité Central do PCP e entra Mário Nogueira, militante do PCP, ex-candidato a deputado pelo PCP e responsável distrital - Coimbra - da candidatura de Jerónimo de Sousa às presidenciais) e varrem Carvalho da Silva da CGTP-IN que nos últimos tempos se tem afastado da linha dura do PC. Maquiavel não faria melhor.

Quem me conhece sabe bem que nunca fui grande admirador do "cardeal" Pina Moura, antes pelo contrário. também nunca escondi que deveria ter abandonado a Assembleia da República, bem como os cargos directivos do PS qundo ocupou a presidência da Iberdrola em Portugal.
Vem isto a propósito da guerra que agora lhe foi movida pelo sr. Comandante Azevedo Soares do PSD que declarou que com esta nomeação "fica sem qualquer disfarce o projecto político socialista da tomada de controlo da TVI" e que "o dr. Pina Moura, presidente da TVI, é a completa falta de pudor, é o descaramento total, é o controlo político assumido sem qualquer vergonha e de forma ostentatória".
Pelo que disse anteriormente, estou perfeitamente à vontade para declarar que Azevedo Soares está a mentir no que afirma.
Das palavras que profere transparece, que Pina Moura entra para a TVI por nomeação do governo.
Totalmente falso. Ele é nomeado pela Prisa. para além disso, Azevedo Soares está a menosprezar os jornalistas e as chefias da TVI e isso é colocar a carroça à frente dos bois.
Talvez seja de bom tom esperar para ver não os bois virar a carroça e lá fica novamente o PSD metido em ensalsadas.

O PS (partido, grupo parlamentar e Governo) não ficou bem na fotografia tirada ontem na Assembleia ao ter vetado a proposta que se destinava combater o crime de enriquecimento ilícito imaginada por João Cravinho, redigida pelo PSD e que teve o apoio de PCP e BE tendo o CDS/PP optado pela abstenção.
Claro que não é crime nenhum ter dinheiro. Mas também não vem nenhum mal ao mundo se, em casos especiais, um qualquer cidadão for chamado a explicar como o ganhou.
O Partido Socialista acha que se está perante a inversão do ónus da prova. Nada mais fácil de resolver: sujeitava-se à decisão do Tribunal Constitucional ou tentava alterar a lei na discussão da especialidade.
Numa altura em que a corrupção faz parte do dia-a-dia, esta lei poderia fazer a diferença, o que aliás sempre foi a ideia de Cravinho.

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