segunda-feira, 2 de abril de 2007

"La ciudad que nunca duerme" eis a frase promocional de Lloret del Mar, local para onde convergem a maioria das viagens de finalistas de estudantes portugueses (diz-se que só de 24 de Março até 5 de Abril 18.000 portugueses vão passar por esta estância balnear).
Vem isto a propósito de umas declarações de uma das muitas estudantes que deu uma entrevista à SIC após ter sido recambiada (ela e os colegas) da referida estância balnear.
Disse a menina que seguranças do hotel onde se encontravam entraram nos quartos de cerca de cem jovens portugueses, obrigaram-nos a fazer as malas de imedi ato e expulsaram-nos, ao mesmo tempo que insultavam os portugueses. A menina -coitadinha dela- estava perplexa porquanto "não compreendia a rispidez dos funcionários do hotel", para além de ter apanhado um grande susto.
Estou comovido com a menina. Mas mais comovido estou pelos pais que pagam uma "nota preta", que possivelmente lhes fará falta para adquirir outras coisas de maior necessidade, para que os filhos vão na viagem de finalistas e estes quando chegam ao destino, em vez de admirar a beleza do local e pensarem no esforço que os pais fizeram, decidem tão só e após o pequeno-almoço, atirarem ovos cozidos, açúcar e papel higiénico pelos corredores.
Claro que compreendo e aceito o porquê dos seguranças os terem recambiado. Mais, eles não insultaram os portugueses. Se houve quem insultasse os portugueses foi um grupelho de crianças mal comportadas que se julgam no direito de fazerem as asneiras que quiserem sem serem castigados por tal. Nós fomos insultados, mas por quem anda na escola, a escola que todos nós pagamos com os nossos impostos, mas que, ao que parece têm frequentadores indignos.
Nós fomos insultados, mas por quem anda na escola, por aqueles que se esqueceram que a educação não é necessariamente uma disciplina curricular, é muito mais do que isso.
Se isto já é preocupante, imagine-se quando pensamos que estes serão o futuro do país.
Pobre país...

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...