quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ângelo Correia não tem mãos a medir. Já não bastava ter de estar de olho em Rui Rio tem agora também de se preocupar com Aguiar Branco e tudo isto enquanto o seu aluno Passos Coelho ainda não está no ponto de rebuçado para ser líder, embora ele pense que sim.
Pois é, Aguiar Branco vem hoje dizer, em entrevista à "Visão", que está disponível para recolher as 2500 quinhentas assinaturas necessárias para convocar um congresso extraordinário do PSD, onde se candidataria à liderança do partido, pois, e segundo ele, é necessário mudar o partido e prepará-lo para vencer o PS e governar o país. Este ex-ministro do governo de Santana Lopes diz ainda que se Menezes for a eleições [legislativas em 2009], não se candidatará a deputado pelo PSD.
É a ruptura definitiva.
Começa a ser curioso olhar para este PSD.
Pedro Passos Coelho só espera um aceno de cabeça por parte de Ângelo Correia e demais barões para arrancar em definitivo. Aguiar Branco antecipou-se à linha barrosista e a Morais Sarmento, Rui Rio corre por fora sabendo à partida que o seu nome faz a ponte entre cavaquistas, barrosistas, mendistas, a ala intelectual e algum baronato. Face a tudo isto importa saber para onde pende Marcelo (eu aposto em Passos Coelho ou Rui Rio) e Santana Lopes (apesar de tudo eu aposto em Aguiar Branco).
Se a tudo isto juntarmos o abandono de Mota Amaral da presidência do Instituto Francisco Sá Carneiro percebemos, e por muito que o Conselho Nacional esteja alinhado com Menezes, que o líder do PSD não tem condições para se manter.
Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão em "As Farpas: Chronica Mensal da Politica, das Letras e dos Costumes Janeiro a Fevereiro de 1873" descreveram tudo isto exemplarmente. Na verdade isto não é um partido, é um grupo de conspiradores e assim não há credebilidade que resista.
Ainda sobre o tema deixo-vos um bom artigo publicado hoje no DN.

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