quarta-feira, 30 de abril de 2008

Eu já tinha dito que o período eleitoral no PSD ia ser de arromba e não me enganei. Passos Coelho lança farpas a Manuela Ferreira Leite, Santana lança indirectas aos dois, Jardim, que julgava que todos desistiriam a favor dele, bate em todos, Patinha Antão e Neto da Silva não batem em ninguém porque não são deste campeonato, jogam nos "distritais".
Entretanto Passos Coelho diz que está preparado para ser primeiro-ministro. Está ele, estou eu, estão os meus amigos Henriques, Enes, Victor, Duque, etc. etc.
Agora importa não esquecer que não são só os notáveis que votam e que bem podem os líderes distritais dizer que a distrital apoia A ou B se na altura o que conta são os votos e a menos que se formem sindicatos de votos, este é livre e pode dar origem a grandes surpresas.

Não há pior cego do que aquele que não quer ver. Laurentino Dias, secretário de Estado da Juventude, é um caso desses.
A propósito do discurso e do estudo dado a conhecer por Cavaco no 25 de Abril, Laurentino Dias disse que não está preocupado com a escassa participação política dos mais novos e valorizou inclusive o aumento da participação cívica dos jovens.
Tadito. Este senhor ainda não percebeu que são os jovens e uma boa parte da população que se está borrifando para a política e em especial para os políticos. A classe descredibilizou-se a si mesma e hoje é uma pálida amostra de uma geração que pontoou no final da ditadura e nos anos que se seguiram ao Abril de 74.

Ainda sobre Abril, eu tinha prometido que deixava aqui o discurso do Deputado social democrata Luís Montenegro e como o prometido é devido leiam esta pérola e pessem na batalha que corre dentro do PSD e depois... riam-se à vontade meus amigos

Sessão Solene Comemorativa do XXXIV Aniversário do 25 de Abril
SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA, SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, SENHOR PRIMEIRO-MINISTRO, SENHOR PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL, DEMAIS ALTAS ENTIDADES DO ESTADO, SENHORAS E SENHORES MEMBROS DO GOVERNO, SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS, ILUSTRES CONVIDADOS, MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES,
Tenho hoje a honra de transmitir a Vossas Excelências e ao povo português a visão do Partido Social Democrata sobre a vida do país, sobre os caminhos que trilhamos e sobre os desafios que o 25 de Abril impõe que vençamos.
É um privilégio da democracia e um privilégio da liberdade.
Como filho de Abril tenho o dever histórico de saudar, de agradecer, orgulhoso, aos progenitores da democracia que quotidianamente, desde 1974, vimos construindo e realizando.
Deixo, pois, de forma genuína, um justo tributo aos políticos, aos militares e aos concidadãos que sabiamente romperam e debelaram a asfixia da ditadura.
Mas à nossa geração, não se pede apenas este reconhecimento.
À nossa geração exige-se a ambição suprema de aproveitar a oportunidade para concretizar, aprofundar e desenvolver a liberdade, traduzindo-a no respeito pela pessoa humana, na garantia do pluralismo de opinião, na prossecução do interesse colectivo gerador de mais qualidade de vida dos cidadãos.
SENHOR PRESIDENTE,SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS,
No nosso sistema político-constitucional, é o Chefe de Estado o depositário supremo dos valores democráticos. Cumpre-lhe zelar, garantir e compreender a vontade soberana do povo.
O Grupo Parlamentar do PSD cumprimenta Vossa Excelência, Senhor Presidente da República, enaltecendo a forma com que vem marcando o exercício das suas altas funções.
O facto, indiscutível, de Vossa Excelência estar a conduzir o seu mandato cumprindo os pressupostos que colocou aos portugueses por altura da sua eleição, dignifica o Estado, prestigia a democracia e inspira-nos para a valorização da acção política, vertida no espírito de serviço cívico que a todos deve guiar.
SENHOR PRESIDENTE, SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS,
Neste percurso de 34 anos todos reconhecemos que se cometeram alguns erros. Mas num contraditório que é também motor do desenvolvimento, observamos que o País está melhor. Demos passos importantes, de que relevo o mais recente, constituído pela ratificação, por este Parlamento, do Tratado de Lisboa. Ao longo destes anos, o arco dos partidos aqui representados pode orgulhar-se sobre a instituição do sufrágio e da representatividade democrática; o resguardo das liberdades públicas; o reforço das autonomias regionais e do poder local; uma maior liberdade de expressão; a reaproximação política, cultural e económica nos países que falam português e connosco partilham uma história comum; entre múltiplos avanços permitidos pelo nosso empenho no estabelecimento e amadurecimento na democracia.Sucede que essa avaliação, globalmente positiva, não deve conduzir-nos à vertigem de quem não quer ver a realidade. Liberdade implica responsabilidade. E, como diz Fernando Pessoa, «hoje a vigília é nossa». Se em Abril de 1974 o país se libertou da asfixia da ditadura, em Abril de 2008 impõe-se que Portugal respire mais e, sobretudo, melhor democracia.
O Partido Social Democrata nunca teve, não tem, um pensamento derrotista sobre o país.
O Partido Social Democrata nunca teve, não tem, uma conduta política alarmista.
Mas hoje, seguindo a lição do nosso fundador, Francisco Sá Carneiro, manda a nossa responsabilidade, a nossa vocação reformadora e reformista e a nossa intransigência face aos princípios e valores democráticos, questionar:
Quando se incute, alimenta ou pactua com atitudes de condicionamento do exercício das liberdades individuais, com actos persecutórios de responsáveis da Administração, não estamos a asfixiar a democracia?
Quando uma força ou agente policial, perturba o exercício dum direito fundamental, exorbitando a sua missão de preservação da ordem pública e desrespeitando os princípios da proporcionalidade e adequação, não estamos a asfixiar a democracia?
Quando se persiste, isoladamente, em promover alterações em pilares do Estado de Direito, como o sistema de segurança e a investigação criminal, potenciando a sua governamentalização e denegando o equilíbrio de poderes, não estamos a asfixiar a democracia?
Ou, noutra dimensão, Quando nos domínios mais emblemáticos da governação, na economia, na fiscalidade, nos transportes, nos apoios sociais, nas políticas de emprego, nas aposentações, na administração pública, se ferem de morte os compromissos eleitorais, desvirtuando a manifestação da vontade popular e prejudicando a confiança dos cidadãos nos seus representantes, não estamos a asfixiar a democracia?
Ou quando, pela voragem economicista, senão mesmo puramente contabilística, encerramos serviços públicos, afastando as populações – sobretudo as mais vulneráveis e as do interior – do seu acesso, na saúde, na educação, na justiça ou na segurança, com isso fomentando desigualdades e iniquidades, não estamos a asfixiar a democracia? Quando a entidade reguladora do sector, identifica categoricamente uma sub-representação do maior partido da oposição nos serviços informativos da televisão pública ou quando se adequam prazos e procedimentos dum processo de atribuição de novas licenças televisivas ao calendário eleitoral, não estamos a asfixiar a democracia?
Ou, finalmente, quando cedemos às tentações centralistas, ignorando ou desvalorizando o merecimento das autonomias regionais e do poder local, não estamos a asfixiar a democracia?SENHOR PRESIDENTE, SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS,
O País está numa encruzilhada.
Por um lado, assiste a uma postura da maioria que desqualifica a democracia, que visa a hegemonização dos poderes e tenta dificultar a alternância e a confrontação democrática.
Por outro lado, não há ambição ou esperança que resistam à mediocridade dos resultados governativos.
Três anos depois de iniciar funções, o Governo falhou.
Propôs-se colocar o País a crescer economicamente acima da média da União Europeia e estamos a crescer menos.
Propôs-se diminuir o peso do Estado na distribuição dos recursos públicos, e afinal apenas cortou nos investimentos.
Propôs-se erigir novas políticas de emprego e assistiu, impotente, ao aumento da taxa de desemprego até ao nível mais alto das últimas duas décadas, ao mesmo tempo que se instalava uma nova vaga de emigração, sobretudo para Espanha, para onde mais de cem mil portugueses tiveram de ir à procura de sustento.
Propôs-se preservar os direitos adquiridos pelas pessoas, assegurar aos mais desfavorecidos o acesso a bens essenciais, e provocou o maior retrocesso no Estado Social do pós 25 de Abril.
E tudo isto fustigando os portugueses com mais impostos, com sacrifícios acumulados que eles sentem não terem sido compensados.
SENHOR PRESIDENTE, SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS,
Uma democracia asfixiada. Um Governo Falhado.É aqui que entra a nossa responsabilidade.
A responsabilidade que o PSD, como partido alternativo de governo, não pode, não vai enjeitar. Vivemos tempos de decisão.
Portugal precisa do PSD.
Sabemos que da nossa diversidade, da nossa pluralidade, da nossa democraticidade interna, porque não dizê-lo assim mesmo, terá de emergir uma proposta nova, um projecto governativo ambicioso, mobilizador para os nossos jovens, para as famílias e para as empresas.
Estamos à altura das nossas responsabilidades.
Por isso termino afirmando convictamente o meu pensamento e o de todos os meus colegas deputados do Grupo Parlamentar:
Acreditamos muito no valor colectivo do Partido Social Democrata.
Acreditamos e respeitamos o papel de todos os demais partidos, com quem queremos contraditar as nossas ideias e opções.
Acreditamos nas instituições do Estado e na dinâmica da nossa sociedade civil.
Mas, acima de tudo, honramos a liberdade acreditando em Portugal e nos portugueses.
Disse. Luís Montenegro

Estes senhores querem o quê? Governar? Mas governar o quê?

E quanto ao acordo ortográfico avante Graça Moura.

E os preços dos combustíveis? Ainda têm dúvida da cartelização?

Sem comentários:

e lá aconteceu o apresentar dos nomes para o Governo de Portugal. curiosamente verifico que os nomes fortes do governo são aqueles que sempr...