Se já das vezes anteriores eu acho que o referido senhor não tem princípios, nem boa educação, penso que desta vez ultrapassou todos os limites.
Disse o referido senhor, todos sabem que a ideia partiu dele e não do Parlamento - a Madeira é sui generis em muita coisa, mas em especial no facto de ser Alberto João a mandar no Parlamento e não o contrário como define a democracia -e a propósito de não ser feita nenhuma sessão solene no Parlamento madeirense, «eu acho bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa», referia-se a deputados da oposição como «o fascista do PND, o padre Egdar (do PCP)» e «aqueles tipos do PS» e continuou salientando «acho que isso era dar uma imagem péssima da Madeira e ia ter repercussões negativas no turismo e na própria qualidade do ambiente» e finalizou com «eu cá não apresento aquela gente a ninguém».
Tudo na vida tem limites.
Andámos aqui estes anos todos (eu não) a rir com as piadas e asneiras que ele foi dizendo, tendo mesmo desculpado a falta de educação com um sorriso e com a lapidar frase é o estilo dele.
Pois bem, de abuso em abuso deu nisto.
Vão longe (2005) os tempos do sr. Silva.
Claro que Cavaco devia ter de imediato adiado a visita, acontecesse o que acontecesse.
Mas não foi só Cavaco que ficou mal, a direcção do PSD não ficou melhor e se juntarmos o Congresso então fica mesmo de rastos.
Ainda sobre esta questão ouvi a crónica de Marcelo e não percebi a história da franqueza de Jardim. Será que Marcelo também faz considerações sobre os parlamentares? Também não foi um comentário feliz.
Esta é uma das muitas imagens de marca das antigas profissões de Lisboa. Estes trabalhadores tinham o nome de moços-de-frete.
Veio-me isto à ideia a propósito de Rui Gomes da Silva.
Coube-lhe a ele vir, enquanto ministro dos Assuntos Parlamentares de Santana Lopes, ter vindo dizer que estranhava o silêncio da Alta Autoridade para a Comunicação Social em relação aos comentários, que classificou de "ódio", feitos por Marcelo aos domingos na TVI.
Agora coube-lhe a ele também vir dizer que o partido "contesta a contratação externa de uma jornalista que a RTP foi buscar única e exclusivamente por razões que são de todos conhecidas". A jornalista em causa é Fernanda Câncio e as razões aferidas pelo PSD são "um relacionamento, que é o relacionamento com o sr. primeiro-ministro" e acrescentou "Nós não contestamos que a jornalista desenvolva a sua profissão com um relacionamento com qualquer político, aliás, antes pelo contrário. A única coisa de que discordamos é que essa actividade profissional seja feita num canal de televisão que é público".
Curiosamente trata-se de um trabalho sobre bairros sociais que a jornalista propos a uma produtora independente que, por sua vez a propos à RTP.
Para além de isto ser o tipo linguagem de sargeta apetece-me referir que sobre a capacidade jornalística de Câncio para tratar destas matérias não existe a mais pequena dúvida, o mesmo não acontecendo sobre a capacidade política de muita gente.
Para terminar a questão dos professores só gostaria de referir que não andei longe da solução encontrada.
O ministério da Educação sai vitorioso. A avaliação vai para a frente apesar de os sindicatos sempre a recusarem para este ano. Quanto à gestão das escolas, calma que a ministra lá chegará. Quanto aos sindicatos ficaram novamente mal na fotografia.
Numa tentativa de salvar a face aceitaram a avaliação mesmo sabendo que os contratados vão levar com ela.
É por isso que eu digo que os sindicatos defendem quem lhes interessa e neste caso, os contratados estão no que poderemos designar por terra de ninguém.
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