Depois de "O último Papa" de Luís Miguel Rocha - trata do assassínio de João Paulo I - um novo livro apareceu nas bancas para confrontar a Igreja Católica. Trata-se de "Sexo, Padres e Códigos Secretos - 2000 anos de abuso sexual na Igreja Católica".
Trata-se de um ensaio que relata a forma como a igreja tratou o tema durante toda sua história.
Foi publicado nos Estados Unidos em 2006, tendo levado mesmo à fuga de alguns padres para o Vaticano (um padre fugiu para o Vaticano e tem processos pendentes em tribunal, sendo que o Vaticano não o quer entregar e assim não será levado à justiça), e chegou agora às livrarias portuguesas numa edição de Via Occidentalis.
Thomas P. Doyle, A.W. R. Sipe e Patrick J. Wall são os autores deste ensaio polémico e revelador de uma realidade impensável para muitos católicos e não só.
Thomas P. Doyle, padre dominicano, doutorado em direito canónico é, actualmente, consultor jurídico nos processos de abuso sexual, que envolvem a Igreja e que decorrem em tribunais de todo o mundo. Foi em 1984, enquanto trabalhava na embaixada do Vaticano, que tomou conhecimento desta realidade escondida. Entrevistou mais de duas mil vítimas de abuso sexual apenas nos Estados Unidos e luta tanto pelos seus direitos, como pelos direitos dos abusadores perante a justiça.
A.W. R. Sipe foi monge beneditino e tornou-se psicoterapeuta. Serviu a igreja como monge durante 18 anos. Especializou-se em doenças mentais, tendo também desenvolvido estudos na área do celibato. Casado há 34 anos, tem um filho. Faz seminários em escolas e é consultor em processos de abuso sexual.
Patrick J. Wall foi padre beneditino entre 1988 e1998. Desde 2002, tal como os seus co-autores, é chamado a tribunal como especialista em abusos sexuais praticados dentro da igreja. É também formado em Direito canónico. Em 1998 o pediu a suspensão dos votos religiosos e das obrigações sacerdotais. Casou em 2001 e tem uma filha.
Trata-se de um livro de leitura obrigatória.
Este livro deu origem a um documentário "Deliver Us From Evil" que está nomeado para os Óscares deste ano nessa categoria. O realizador Amy Berg conseguiu encontrar o padre Oliver O'Grady, referido no ensaio, acusado da prática de centenas de crimes de abuso sexual.
Oliver O'Grady terá começado os seus abusos em 1973, sempre com o conhecimento dos seus superiores que, durante décadas, o mudavam de paróquia sempre que surgiam problemas. O clérigo aceitou contar a sua história no documentário e sem arrependimento aparente assume os actos.
Tem uma semana e já foi visitado por mais de 100 mil pessoas. Trata-se do portal "Casa da Leitura" lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Além das centenas de recensões de livros destinados à infância e adolescência, estarão disponíveis biografias e bibliografias com actualização semanal e respostas a dúvidas de famílias e profissionais sobre práticas de leitura.
O site tem duas «salas», uma das quais com o Serviço de Orientação da Leitura, contendo informação sobre as edições de livros, recentes e clássicas, da literatura para a infância e juventude.
A outra «sala» do portal, intitulada ABZ da Leitura, é dedicada aos mediadores e especialistas, mas tem também acesso livre ao público.
Este último departamento contém bibliografia específica, seleccionada segundo uma avaliação criteriosa das carências nacionais na área, e permite a publicação da investigação nacional.
O site terá laboratórios espalhados pelo país que irão atestar no terreno as sugestões e práticas apresentadas.
No âmbito do projecto, a Gulbenkian deverá, no prazo de um ano, disponibilizar um outro site com objectivos semelhantes mas dirigido exclusivamente ao público jovem.
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