O Diário da República publica hoje a lei das Finanças Regionais, facto que poderá levar à demissão, lá para o final do dia, de Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira.
Estamos perante um novo acto teatral onde Jardim é mestre.
O que se tem passado até agora é que O presidente do Governo Regional da Madeira tem conseguido até agora manter algumas "chantagens" que têm originado que o continente se submeta à sua vontade, só que isso agora acabou.
Explicando melhor: Alberto João Jardim tem utilizado os deputados madeirenses na Assembleia da República como moeda de troca para obtenção das verbas que quer, sendo que os primeiros-ministros que antecederam Sócrates (excepção feita a Cavaco, mas esse por outras razões) porque não possuiam a maioria e queriam ver o orçamento ou mesmo determinadas leis aprovadas, subjugaram-se a vontade de sua excelência.
Desta vez a coisa chiou mais fino. Sócrates tem maioria e não precisa dos deputados madeirenses e Cavaco Silva achou por bem que o líder madeirense pagasse por todos os dislates que tem cometido. Resultado: esta nova lei diminuiu o caudal.
Claro que Alberto João só sabe governar com os "bolsos cheios". Mais, ele precisa mesmo dos bolsos cheios para governar, porquanto o seu séquito é composto não por centenas, mas sim milhares de almas que ele domina a seu bel prazer.
Claro que ele pretende demonstrar que tem poder, daí que pretenda demitir-se para depois se recandidatar.
Só me admiro é como é que tendo o seu governo cometido as ilegaliades que cometeu (os relatórios do Tribunal de Contas estão aí a prová-lo), tendo ele chamado os nomes que chamou quer ao Tribunal Constitucional, ao primeiro-ministro, etc e etc., o Ministério Público ainda não tenha tido a coragem de o constituir arguido, ou tão só mover-lhe um inquérito.
Claro que se fosse eu já estava com o processo às costas ou até mesmo condenado.
A vereadora com o pelouro da Mobilidade na Câmara de Lisboa, Marina Ferreira, deverá ser promovida a vice-presidente, acumulando o pelouro do Património.
Se actuar como vice-presidente como actuou com os radares na cidade (primeiro implantou e depois retirou-os para calibrar e depois colocou-os de novo), vai ser engraçado, com gafes atrás de gafes.
Por falar em Câmara deixem-me dizer que vai ser curioso assistir a esta nova situação dos fiscais da EMEL.
A partir de hoje os fiscais da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa passam a poder autuar e rebocar carros estacionados em cima dos passeios ou parados em segunda fila, funções até agora da PSP.
Não sei se é com esta verba que o presidente vai oferecer o tal seguro de saúde às crianças, mas que isto pode ser um grande imbróglio isso pode. Imaginemos que a EMEL passa e autua, os agentes da PSP pode autuar novamente? E se autuarem qual é que prevalece? A da EMEL? A da PSP, ou temos de pagar as duas e depois reclamar e, claro, estar tempos infinitos à espera para ser ressarcido?
Continuando ainda com a Câmara. Se alguém tinha dúvidas de que Pedro Santana Lopes queria a queda da Câmara de Lisboa podem dissipá-las lendo o artigo de Luís Delgado hoje no DN.
O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, afirmou ter chegado a acordo com o presidente George W. Bush para ‘boicotar’ um governo de unidade nacional palestiniano que não reconheça Israel.
Estas "democracias" são engraçadas e vejam lá o respeito que têm pelo Direito Internacional.
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