terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Que paródia. A Inspecção-Geral dos Serviços de Justiça, organismo do Ministério da Justiça, concluiu o processo de averiguações relativo à instrução do processo de indulto de Américo Pereira Mendes.
Tudo isto mais não seria do que um dos muitos casos de averiguações, não fossem as conclusões deste mesmo processo.
Recorde-se que este processo de averiguações foi iniciado após o semanário "Expresso" ter revelado que o Presidente da República, Cavaco Silva, concedera, no Natal, o perdão de uma pena de seis meses de prisão ao proprietário de discotecas em Évora, Américo Mendes, desconhecendo que o homem já tinha sido condenado, num processo anterior, a quatro anos e meio de cadeia e sobre o qual pendiam vários mandados de captura nacionais e internacionais por ter fugido para o estrangeiro.
Relembrado o caso, vamos às conclusões.
A nota do Ministério da Justiça revela que na instrução do processo do indulto, a cargo do Tribunal de Execução de Penas de Lisboa, foram reunidos elementos, provenientes da Polícia Judiciária e do Registo Criminal, que não foram tomados em consideração, sendo que «tais elementos encontravam-se actualizados mas os registos em causa não eram de leitura evidente», adianta a mesma nota embora sem explicar porquê mas acrescentando que, no pedido de indulto apresentado, «foram omitidos elementos relevantes da situação criminal do interessado» assim, acrescenta a mesma nota, «neste contexto, o Tribunal de Execução de Penas de Lisboa deu a conhecer, no decurso do processo de averiguações, ter procedido à reabertura do processo de indulto, aguardando-se agora a respectiva conclusão.
Não foram tomados em consideração determinados factos por não serem de leitura evidente? Mas o que é isto senhores?! Claro que só pode ser gozo. E leitura evidente é o quê?
Tenham lá paciência e não mandem areia para os nossos olhos. Digam tão só a verdade. Expliquem que não leram tudo porque por norma ninguém lê nada e as coisas seguem do princípio ao fim num caminho habitual. Por azar desta vez apareceu uma pedrinha na engrenagem e foi a desgraça que foi.

Voltemos a Alberto João. Trata-se de uma figura que me é pouco ou mesmo nada grata e sendo assim volto ao tema para somente dizer que à imagem dos grandes ditadores que gostam de passar a imagem de democratas, Alberto João avançou ontem com um plebiscito à sua pessoa.
Provoca-me alguma confusão como é que Marques Mendes vai nestas coboiadas, ou às tantas percebo, pois se o PSD perder João Jardim pode perder a Madeira e se perder a Madeira fica ainda pior do que está neste momento e já não está bem.
Para terminar esta matéria gostaria de dizer que a história que ele ontem contou da construção da casa precisa de algumas achegas. O Banco só decidiu não emprestar mais dinheiro porque o dono da obra optou por torneiras revistidas a ouro quando a sua conta só lhe permitia torneiras zenit normalíssimas da costa.

Para finalizar Rui Rio que também não está nada melhor, vejam o imbróglio dele com o "Público".

Sem comentários:

Cavaco pede para este aquilo que não permitiu para os anteriores... a história fará a justeza de o ignorar quando a morte vence é sinal da ...