sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Hoje é dia de exame e portanto não era para escrever nada, mas como recebi um comentário ao texto de ontem e o seu autor não percebeu o que eu disse ou eu não expliquei bem, vou somente explicitar.
O comentário dizia o seguinte: "Escrever cartas com o dinheiro de todos nós....é condenavel. E abortos com o dinheiro de quem??????? Malditas palas."
Tirando a questão das "palas" que acho inteiramente a despropósito, julgo este comentário correcto e com razão de ser porque eu próprio poderia dizer o mesmo.
Estou convicto que este comentário teve origem no seguinte excerto de texto "Já nem vou pelo facto de estes infantários estarem a utilizar o dinheiro de todos nós, que lhe é dado para tomarem conta de crianças simplesmente para fazerem campanha (quantos litros de leite ficaram por comprar?),...".
O que este texto pretende dizer é o seguinte: neste caso o dinheiro com que o Estado subsidia estas IPSS destina-se às crianças, é tão só um subsídio que é pago por cada criança, por forma a que a mensalidade que os pais pagam possa ser mais baixa, ora se a instituição tem dinheiro para produzir este material publicitário, que está fora do seu âmbito, por certo terá dinheiro para comprar mais brinquedos, jogos didáticos, ou até mesmo diminuir a mensalidade que os pais pagam. Foi com este sentido que escrevi o que escrevi.
Foi com igual sentido que critiquei o acordo da Caixa Geral de Depósitos - porque é um banco do Estado - com o Benfica, e criticaria e critico todo e qualquer desvio de verbas dadas pelo Estado do fim a que se destinam.
Quanto a pagar os abortos, eu sei que é com o meu dinheiro, com o seu, com o de todos nós, que pagamos e bem - saliente-se - o Serviço Nacional de Saúde, estou consciente disso e aceito, só não aceito que desviem o dinheiro que eu dou dos fins a que está destinado.
Mas agradeço o comentário e espero que continue a comentar e que para além disso tenha ficado esclarecido sobre o que eu pretendi dizer.

Sem comentários:

a isto chama-se comprar votos e ter a felicidade de imprimir papel moeda sempre que é necessário. sabia-se que a carreira de Fernando Araúj...