domingo, 5 de fevereiro de 2006

A Câmara Municipal de Lisboa

Antes de iniciar a matéria que me propus gostaria deixar a definição de autarquias locais.

"Definição de Autarquias Locais: Em Portugal, as autarquias locais têm, desde 1976, dignidade constitucional. Segundo a lei fundamental, a organização democrática do Estado compreende a existência de autarquias locais, sendo estas pessoas colectivas de população e território dotadas de órgãos representativos que visam a prossecução dos interesses próprios, comuns e específicos das respectivas populações.". (Esta definição pode ser encontrada em http://www.dgaa.pt/default.asp?s=12168).

Vem tudo isto a propósito da notícia de que "o presidente da Câmara Municipal de Lisboa contratou amiga do jet-set para as festas da Câmara".
Pouco me importa se a senhora é do jet-set, do jet-oito ou mesmo do jet-nove; se a senhora é amiga ou não do presidente.
O que me importa é que uma Câmara Municipal não tem como finalidade a organização de festas. Estas podem acontecer e acontecem mas são excepções dentro da vida camarária e não é a vida camarária que é uma excepção dentro das festas.
Ora sendo assim é descabido contratar um elemento destes, tanto mais que sabemos todos que a dívida da Câmara duplicou com Santana e Carmona, e que essa dívida é paga por todos nós.
Numa situação destas o que importa é economizar e não esbanjar. Para desgraça já bem basta o caso do automóvel que ninguém quer comprar e que custou um dinheirão.
Meus senhores o governo da coisa pública é demasiado sério. Importa governar como se da nossa casa se tratasse, isto é com regras, já que a vida está pela hora da morte.
Não esbanjemos. Deixemos de lado o belo do croquete. Trabalhemos e apliquemos o dinheiro no muito que ainda há a fazer em prol dos munícipes, porque só desta forma poderemos chegar ao final do mandato com a consciência tranquila.

Ainda na CML

O texto que se segue aparece em http://www.cm-lisboa.pt/, ou seja na página oficial do município lisboeta.
"Na tarde do dia 1º de Fevereiro, 98 anos passados sobre a trágica data (1908) do duplo regicídio que vitimou mortalmente o rei D. Carlos I e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe, a efeméride foi assinalada com o descerramento de uma lápide evocativa junto ao local do acontecimento – o Terreiro do Paço, na esquina para a entrada da Rua do Arsenal."
Penso que a República, que é Portugal, dispensava "trágica data".

A terminar não posso deixar de chamar a atenção para o trabalho que o DN hoje publica na pág. 16-17. Trata-se de uma entrevista com Manuel Castells, (http://zaratustra44.blogspot.com/2005_10_01_zaratustra44_archive.html).
O link que aqui fica não reproduz a totalidade da entrevista, mas mesmo assim merece ser lido
http://dn.sapo.pt/2006/02/05/internacional/e_a_cultura_produz_a_tecnologia.html.

Sem comentários:

hoje escreveu-se uma página negra na nossa democracia eleger vice-presidentes na AR que quiseram derrubar o regime democrático é uma afronta...