sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

Esperavam o quê?


http://www.freethefive.org/multimedia/photos/slides/guantanamo.html

A Casa Branca declarou ontem que o novo relatório em que a ONU acusa os Estados Unidos de tortura no campo de detenções de Guantanamo, base norte-americana em Cuba, é um descrédito para a organização.
As palavras de Scott McClellan, porta-voz da Casa Branca, foram «Creio que a ONU se desacredita quando uma equipa como essa se precipita para fazer um relatório sem ter examinado os factos, retendo apenas alegações».
Claro. Os senhores da Comissão são uns ceguetas, não viram que Guantanamo é uquase um hotel de cinco estrelas e nós somos todos parvos e acreditamos no tal sr. McClellan.
A ONU só é boa quando actua a favor do poder americano, aliás quando não actua eles próprios vetam no Conselho de Segurança.

Se dúvidas houvesse sobre Guantanamo, bastaria ver as atrocidades cometidas em Abu Ghraib, para se ter a certeza de que na base situada em Cuba as coisas não devem ser melhores.
Sobre Guantanamo é ver:

http://www.articolo11.org/modules.php?name=AvantGo&file=print&sid=716,

http://alfatihoun.edaama.org/Fichiers/Afghanistan/Guanta/web/Afghanistan%20prisoners%20guantaII.htm,

http://www.amnestyusa.org/magazine/tortured.html,

http://www.capperi.net/gfuantanamo.html,


Valha-nos isso

Uma antologia sobre a obra de Fernando Pessoa publicada em 1945, contendo poesias seleccionadas por Adolfo Casais Monteiro e uma carta do poeta explicando a génese dos seus heterónimos, acaba de ser reeditada pela Editorial Presença.
Intitulada «Poesia de Fernando Pessoa», a obra reúne poesia assinada pelo poeta e pelos seus heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Inclui ainda «Notas Para a Recordação do Meu Mestre Caeiro» e a «Carta de Fernando Pessoa Sobre a Génese dos Heterónimos» dirigida também ao poeta Adolfo Casais Monteiro.
A reedição da obra, segundo explicou a Editorial presença e que tinha sido publicada há sessenta anos pela Editorial Confluência, prende-se com o seu «inegável valor histórico» para os estudos pessoanos.
O poeta Adolfo Casais Monteiro, natural do Porto, viria a naturalizar-se brasileiro em 1954 depois de ter sido demitido da docência no ensino liceal por motivos políticos. Inserindo-se no modernismo português, da sua obra poética ficaram livros como «Confusão» (1929) e «Noite Aberta aos Quatro Ventos» (1943).
Destacou-se sobretudo como ensaísta, deixando contributos importantes para o estudo de Fernando Pessoa e do grupo que colaborou com a Presença, revista que Adolfo Casais Monteiro também dirigiu.
Na introdução desta obra, agora reeditada, o autor sustenta que o «segredo» de Fernando Pessoa foi ter transformado os pensamentos em emoções.
Entre os poemas da antologia encontram-se «Intervalo», «Autopsicografia», «Chuva Oblíqua» e «Poema em Linha Recta».

Sem comentários:

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade