Sim à seriedade, não à palhaçada
Antes de tudo devo informar que nada me move contra os homossexuais, sejam eles masculinos ou femininos, e aos seus direitos.
Feita esta ressalva, vou falar do que aconteceu ontem na 7.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa.
Pois bem, a Teresa e a Helena apresentaram-se na dita Conservatória para oficializar o seu pedido de casamento e estão no seu direito.
Não pretendo iniciar aqui uma discussão sobre a legalidade ou não de tal a cto. Aliás pouco me importa se está de acordo com o Código Civil ou a Constituição. O que importa num casamento ou numa união de facto é a vontade dos dois elementos querem estar um com um outro, é o amor que sentem, é o desejode partilharem um caminho juntos. Se são duas mulheres, se são dois homens, se é uma mulher e um homem, isso não deverá ser impeditivo de nada.
Mas o caso em apreço merece a minha reflexão por outro motivo.
O pedido de casamento ocorreu envolta num mediatismo exagerado. A união entre dois seres humanos é um momento sério e pessoal. Se existem convidados isso fica a dever-se ao facto de estes terem uma relação muito próxima com os protagonistas e se existe um fotógrafo, é porque esses mesmos protagonistas desem possuir uma recordação de um momento que lhes é querido. Ontem assistimos a um circo mediático onde pontuavam até televisões estrangeiras(TVE) que não se coaduna com a seriedade do momento.
Mais grave que isto tudo é o facto de, ao que consta, isto ter acontecido porque Luís Grave Rodrigues, advogado de Lisboa, dispôs-se, em 2005, a apadrinhar um casal gay que quisesse casar em Portugal. Ofereceu os seus serviços em blogues homossexuais e confirmou a oferta em entrevista a um jornal.
Ao que parece o advogado foi contactado por pessoas que queriam casar, mas não queriam aparecer; outras pretendiam aparecer mas não queriam casar, até que apareceram a Teresa e a Helena que reuniam as duas condições(queriam casar e aparecer) para além de que não tinham dinheiro pelo que o advogado prescindiu dos honorários.
Temo que isto tudo mais não seja do que uma autopromoção de uns quantos à conta de um assunto sério e que merece toda a nossa atenção.
Mas havia dúvidas!?
A Câmara de Lisboa tinha em Outubro de 2005, quando das eleições autárquicas, um passivo de 926 milhões de euros, o dobro da dívida existente em 2001.
O actual presidente não pode abrir a boca de espanto, pois foi vice de Santana Lopes durante o período de 2001 a 2005.
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