segunda-feira, 7 de maio de 2007

Vamos lá ao Mendes. Ontem foi dia de festa no PSD. Comemoraram-se os 33 anos do partido. Vai daí que aproveitando a festa Marques Mendes decidiu criticar o Governo, o que já vem sendo um hábito.
Mas tirando as críticas, ele quis marcar a diferença avançando com propostas.
Foram elas: descentralização de novas competências para o Poder Local, a baixa de impostos e a criação de um ministro para as pequenas e médias empresas.
São propostas importantes para o país sem nenhuma dúvida.
A primeira já é mesmo um facto estabelecido entre o Governo e os Municípios e aconteceu antes da ideia do PSD.
A segunda só quando o déficit estiver controlado poderá ter pernas para andar, diz o Governo e muito bem.
A terceira é a criação de mais um tacho.
Como se vê três propostas novas e de importância crucial para Portugal.
Faltou o novo aeroporto, a licenciatura de Sócrates, a "claustrofobia democrática" e a privatização da RTP.
Mas quando é que o PSD apresenta propostas reais e com sentido para este país?
Quando é que o PSD se assume como oposição responsável e construtiva?
A continuar assim tenho a certeza que não será difícil a José Sócrates se perpetuar por mais um mandato e quem sabe se não mesmo dois.
A propósito, já que Mendes estava em Aveiro poderia ter aproveitado para pedir ao presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Paulo Teixeira para renunciar e promover eleições antecipadas, já que este se encontra indiciado por um crime de burla qualificada e dois crimes de falsificação de documentos.
Ou este é um dos casos especiais?
Também relativamente à história mal contada de Lisboa zero.
Mas terminou o discurso com a fabulosa promessa de que quando for governo vai colocar Portugal a crescer a 3% ao ano.

Ainda dentro do universo político. A propósito da RTP, estou convicto que a partir de ontem Marques Mendes não vai voltar a pedir a privatização da mesma.
Assistiram ontem ao Telejornal da RTP1? Então viram que José Alberto Carvalho silenciou a conferência de imprensa do líder do PS-Madeira para colocar no ar as declarações de Marques Mendes.
Mesmo em matéria jornalística deixa muito a desejar esta opção.
Aproveito este mesmo espaço para também referir que Marcelo Rebelo de Sousa não tem razão quando referiu que Vitalino Canas não saudou o PSD. Basta aceder ao à RTP Multimédia e ver o vídeo referente à segunda parte do Telejornal de 06.05.07 para verificarem a situação de Jacinto Serrão, de Vitalino Canas e de como Marcelo falha rotundamente na questão das felicitações. Aliás mesmo no caso de Jacinto Serrão o homem já estava a falar quando ligaram o directo.
Podemos ser maquiavélicos, mas com justiça.

Relativamente às eleições na Madeira. É inegável que Alberto João Jardim ganhou as eleições e que mais do que ganhar, reforçou a maioria.
Agora importa esclarecer dois ou três pontos, isto sem colocar em causa a vitória, que é inegável.
Primeiro. A campanha de Jardim veio retirar veleidades a Marques Mendes. E digo isto porque Mendes não poderá nunca falar de inaugurações e utilização dos meios do Estado para campanhas, tamanho foi o escândalo protagonizado por Alberto João. É caso para dizer que Jardim ganha, mas Mendes perde a face.
Segundo. Eu penso que a oposição não faz marcação política a Jardim. Teria sido curioso ver de manhã o presidente do Governo Regional a inaugurar e da parte da tarde os partidos da oposição a questionarem os custos, a utilização e demais vertentes do empreendimento (o caso da inauguração da estrada para uma pequena povoação que só aconteceu para pagar uma dívida a Maria, a empregada que o ajudou a cuidar dos filhos e que ali vive é sintomático).
Terceiro. Não percebo e não aceito que a Comissão Nacional de Eleições tenha sido tão resolutiva a castigar Mário Soares por apelar ao voto no filho e não seja resolutiva nos atropelos de Jardim. Algo está mal.

Relativamente a França gostaria de dizer que os franceses estão pela hora da morte quando deixam que seja já um filho de emigrantes a ganhar as presidenciais. Eles, sempre tão ciosos da sua pureza devem estar que nem podem.
Gostaria ainda de dizer que não afino pelo diapasão de alguns que referem que o facto de Sarkozy ser filho de emigrantes vai permitir que compreenda melhor os emigrantes. Acho que estão enganados e que vai ser ainda pior. Nessa altura gostarei de ver a cara dos portugueses que o apoiaram com essa mesma perspectiva.

Sem comentários:

o governo tem um novo modelo para demitir os dirigentes nomeados anteriormente: a exigência de relatórios em tempo não exequível. primeiro f...