Desculpem lá, mas tenho de me rir. Ao ler a notícia dos recibos do milhão de euros que entrou nos cofres do CDS/PP, comecei de imediato a rir e porquê, porque vi o nome de um dos hipotéticos mecenas: Jacinto Leite Capelo Rêgo.
É possível que muitos não saibam, mas este nome faz-me regressar à minha juventude, já que era um nome do qual nos servíamos para brincar. Era vulgar mandar escrever esse nome e depois dizer ao nosso interlocutor para acentuar a letra a e ler de novo a frase.
São uns pândegos estes rapazes.
A ética, e sempre ela. É verdade, todos os dias temos matéria q. b. para trazermos a público a questão da ética.
Na póxima terca-feira a SIC vai organizar um debate com sete candidatos à Câmara de Lisboa, os dos cinco principais partidos (PS, PSD, CDU, BE e CDS) e os dois independentes (Helena Roseta e Carmona Rodrigues).
O debate vai ocorrer no Museu da Electricidade e vai deixar de fora os também candidatos Gonçalo da Câmara Pereira (PPM), Garcia Pereira (PCTP/MRPP), José Pinto Coelho (PNR), Manuel Monteiro (PND) e Pedro Quartin Graça (MPT).
Claro que a SIC é uma empresa privada, logo organiza os debates que quiser e com quem lhe apetecer, não merece portanto qualquer reprovação.
A ética aqui tem a ver é com Helena Roseta.
Então não é esta senhora que se assume como defensora dos fracos e oprimidos? Não é ela que pugna por iguais condições para todos?
Então a sua condição de democrata impoluta, como tanto apregoa, neste caso não a comoveu para contestar um debate onde não estão todos os candidatos?
Não é por nada, mas há atitudes que demonstram uma hipocrisia verdadeiramente avassaladora.
Já aqui chamei a atenção para a situação. Parece-me que a nossa democracia caminha para a confusão e que o Governo vai ficar impedido de governar.
A questão está nas providências cautelares decididas pelos Tribunais Administrativos.
A última foi decidida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, que ordenou a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Vendas Novas.
Para trás ficaram já ficaram outras referentes a outros encerramentos, bem como aos casos de disciplina da Força Aérea.
O que importa aqui dizer é que os Tribunais estão a anular decisões políticas. Ora, que eu saiba os Tribunais Administrativos não têm capacidade para julgar ou decidir sobre decisões políticas. De igual forma, não lhe vislumbro capacidade para intervir em questões que são da mera competência da disciplina militar.
O que se verifica é que podemos estar a arranjar lenha para nos queimarmos porque a política não passa pelas mãos do poder judicial.
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