Viva a HIPOCRISIA. Israel assumiu a liderança política, económica e militar nos territórios palestinianos. Ao mesmo tempo que, pela primeira vez desde que o Hamas controla a Faixa de Gaza, atacou a região, suspendeu o embargo à Autoridade Nacional Palestiniana e iniciou contactos oficiais com o novo Governo da Fatah de Mahmoud Abbas.Enquanto a Força Aérea bombardeava posições do Hamas em Gaza, soldados israelitas entraram na região e mataram pelo menos sete homens da organização que derrotou a Fatah.
Para que conste.
Invadem e matam em terra que não é deles, e mesma aquela em que estão foi-lhes dada por quem não tinha direito para o fazer e que entretanto a roubou a outros.
Impávidos e serenos continuamos a olhar para o lado face a estes crimes.
Siga lá a Ota. O ex-ministro das Finanças Miguel Cadilhe defendeu hoje, durante um almoço promovido pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e pelo Forum para Competitividade, que a construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota é o projecto "mais caro e menos recomendável" para o país, neste momento, e que a alternativa Portela+1 deve ser estudada.
Mas já não existiam estudos sobre a Ota quando Cadilhe foi ministro?! Então não teve a coragem na altura de mandar os estudos para o lixo e avançar com outra alternativa?
Agora é fácil ser contra, porque agora existiu coragem política para avançar.
Ética, sempre a ética. Lamentavelmente tenho de voltar à questão, aliás matéria diária não falta.
O Jornal de Notícias publicou ontem o envolvimentos de ministros e dirigente do PS no caso Portucale.
É por demais evidente que esta notícia só aconteceu porque alguém ligado à investigação deu à tramela. Mas para além disso nada mais. Nem transcrições, nem nomes, nada. A notícia só dava uma certeza: altos quadros do BES, conversando entre si, davam a certeza de que tudo estaria controlado, depois das diligências junto do Executivo de Sócrates, então recentemente empossado.
Ora para mim tenho como maquiavélico que durante a instrução de processos de práticas de tráfico de influências e de corrupção entre decisores do Estado e mundo dos negócios, se dê conhecimento de peças processuais.
Acho hediondo que, vá lá saber-se com que intuito - possivelmente até sabotar a investigação -, paire no ar a suspeição sobre o bom-nome de um grupo - grupo que representa um quinto dos nossos governantes - muito restrito de possíveis suspeitos, sem que se nomeie directamente os visados e sem que se apure se há correspondência entre os desejos expressos ao telefone e as realidades da decisão política.
Ora tudo isto se torna mais grave quando de facto, segundo o que foi hoje revelado, o que aconteceu foi: no caso do ministro da Economia, o nome de Manuel Pinho aparece numa conversa entre dois administradores do Banco Espírito Santo que invocam o seu nome como um possível aliado para manter o estatuto de “utilidade pública” concedido no tempo do Governo de Santana Lopes à Herdade da Vargem Fresca, em Benavente; no caso de Jaime Silva e Pedro Silva Pereira, as conversas apontam aqueles governantes como estando contra a manutenção daquele estatuto. Também nas escutas está uma conversa mantida por Abel Pinheiro e Jorge Coelho. O responsável pelas Finanças do CDS-PP telefonou ao dirigente socialista pedindo ajuda para o caso, mas Jorge Coelho apenas teve uma conversa de circunstância.
Face a isto só se pode concluir que alguém que matar o assunto, teve azar que desta vez acertou nos pés.
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