Tadita. Helena Roseta apresentou queixa contra os dois canais públicos de televisão "por tratamento jornalístico discriminatório". No dizer da candidata a RTP1 e a RTP2 devem "proporcionar ao público o conhecimento das ideias e acções de campanha de todas as candidaturas".
Estou inteiramente de acordo. Só não percebo é que não tenha pensado da mesma forma aquando do debate a sete na SIC.
É a coerência amigos, é a coerência.
E continuando... Diz a senhora arquitecta que só irá aceitar o pelourinho do Urbanismo caso este seja partilhado. A ilustrissíma candidata refere também que “não posso aceitar que o pelourinho do urbanismo na câmara seja dirigido por uma só pessoa” e acrescentou ainda que espera que os socialistas não obtenham a maioria absoluta, defendendo um executivo o mais alargado possível.
Primeiro: quem é que disse a esta senhora que ela vai ser eleita?
Segundo: se os outros candidatos não têm um programa coerente para governar Lisboa, como é que ela está disposta a fazer parte do elenco?
Terceiro: dá ideia que também ela quer ir para o urbanismo, se assim é, coloca-se a questão porquê? Há algo que ela sabe e que a gente não sabe?
As autárquicas. Marques Mendes e Paulo Portas vieram hoje, em conferencia de imprensa, salientar que as últimas questões que vieram a público sobre eles visam tão só que os seus partidos obtenham grandes resultados nas autárquicas de Lisboa.
Desculpem-me os dois mas eu tenho uma tese diferente.
Relativamente a Paulo Portas importa primeiramente não esquecer que foi jornalista.
Posto isto avancemos.
Telmo Correia corre sério risco de não ser eleito sequer. Colocadas as coisas nestes termos, teríamos assim que Paulo Portas arranca a segunda derrota seguida durante a sua presidência (a primeira foi a Madeira). Mas mais, não é uma derrota qualquer. É uma derrota protagonizada por um grupo composto por fiéis seguidores de Portas.
Logicamente que importa tentar alterar estas circunstâncias rapidamente. Assim, nada melhor que uma vitimização. Foi isto que Paulo Portas hoje fez: armou-se em vítima. A história dos submarinos nada tem a ver com Lisboa, assim como o caso Portucale também não.
Que eu penso que todos os que estão a ser investigados não se devem candidatar a funções governativas (nacionais ou autárquicas), isso penso, mas isso sou eu, como é evidente. A criação de factos ou pseudo-factos é um argumento que já não cola, por muito bem ensaiado que seja. E quanto a Portas estamos conversados.
Vamos ao líder do PSD.
Luís Marques Mendes cometeu uma gaffe do tamanho de um comboio (tipo os comboios americanos com muitas carruagens que vão de costa a costa). Estou a referir-me ao caso do arquitecto Manuel Salgado.
Marques Mendes disse o que disse e percebendo que tinha cometido uma gaffe descomunal refugiou-se no silêncio na esperança que a poeira baixasse.
Teve azar.
A questão do e-mail deitou por terra todas essas veleidades. Mais complicado ficou quando se tornou público ele era presidente da assembleia - com direita a remuneração - de uma empresa participada da empresa onde teve origem o e-mail.
Claro que a questão que hoje o Correio da Manhã levanta foi a gota de água que o forçou a vir a terreiro.
E aqui deve-se tirar o chapéu a Marques Mendes: em vez de explicar bem as coisas, fez uma fuga para a frente e esquivou-se dizendo que tudo isto era porque ele tinha colocado o dedo na ferida.
Não é ser má língua, mas a única ferida que eu vislumbro foi a que ele inflingiu a si próprio com o que disse e com as embrulhadas em que se meteu.
Mas Marques Mendes não tem que se preocupar. Menezes, Ferreira Leite, Morais Sarmento e Marcelo têm andado a cursar enfermagem e estão mais que aptos para o tratarem.
Por fim uma excelente notícia. A REN-Rede Eléctrica Nacional vai apoiar com 600 mil euros o estudo, restauro e digitalização de documentos relativos à inquisição e que desde 1825 se encontram depositados na Torre do Tombo (TT).
Trata-se de um importante contributo num projecto de um milhão de euros, 400 mil dos quais a suportar pela Direcção-Geral dos Arquivos/TT .
Esta acção vai possibilitar a preservação e colocar online cerca de 5000 processos e 800 livros, num total estimado em cinco milhões de imagens provenientes do Tribunal de Lisboa, estes documentos pertencem ao vasto fundo do Santo Ofício (que inclui os tribunais de Coimbra, Évora e Porto).
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