Felizmente alguém ainda pensa
Educação: Ministério decide manter obrigatoriedade do exame de Português do 12º
Lisboa, 15 Dez (Lusa) - O Ministério da Educação (ME) decidiu hoje manter a obrigatoriedade do exame nacional de Português em todos os cursos gerais do 12º ano, acolhendo assim a recomendação expressa no parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Segundo disse à Agência Lusa fonte oficial do gabinete da ministra da Educação, a tutela desistiu da intenção anunciada na semana passada de acabar com o carácter obrigatório da prova em todos os cursos orientados para o prosseguimento de estudos, à excepção do de Línguas e Literaturas (antigo agrupamento de Humanidades).
Deste modo, todos os alunos do 12º ano que frequentam os cursos gerais terão de realizar exame nacional à disciplina, independentemente da área em que estão.
Além do Português, os estudantes terão ainda de fazer exame às três disciplinas nucleares da vertente que escolheram, realizando assim quatro provas e não três, como a tutela inicialmente propunha.
No parecer hoje divulgado, o CNE rejeita que o exame de Português deixe de ser obrigatório em todos os cursos gerais e recomenda, neste caso, a manutenção das normas em vigor.
"Como o CNE recomenda a manutenção do [exame nacional] de Português, o ME decidiu manter a prova, substituindo a Filosofia pela terceira disciplina nuclear que até agora não estava sujeita a exame", explicou à Lusa fonte do gabinete da ministra.
O Ministério decidiu, no entanto, não aceitar a recomendação dos conselheiros quanto ao momento em que as novas regras devem entrar em vigor, mantendo, assim, a intenção de aplicar as alterações já este ano lectivo, no caso dos alunos do 11ºano que estão a preparar-se para fazer dois exames (Filosofia e uma disciplina bienal).
De acordo com o ME, é importante que as alterações sejam já postas em prática no caso destes alunos, abrangidos pela reforma introduzida pelo ex-ministro da Educação David Justino, de modo a "estabilizar o modelo".
No parecer, o CNE defende que as novas regras não devem entrar em vigor este ano lectivo, mas aplicar-se apenas aos alunos que frequentam actualmente o 10º ano.
à excepção do caso do Português e do momento de entrada em vigor destas alterações, os conselheiros acolheram a globalidade das propostas do ME, nomeadamente quanto ao facto de os alunos dos cursos tecnológicos e artísticos especializados deixarem de ser obrigados a fazer exames no final do secundário, a não ser que queiram candidatar- se ao ensino superior.
"O ME congratula-se com o parecer que acolhe o critério de que a avaliação externa deve centrar-se nas disciplinas nucleares e que aceita também as propostas relativas aos cursos tecnológicos e artísticos. Estas duas questões vão na orientação certa, no sentido de separar a conclusão do ensino secundário do acesso ao ensino superior", adiantou a mesma fonte.
JPB.
Lusa/Fim
Assim que tive conhecimento fiz questão de a transpor de imediato para este espaço.
Felizmente que ainda existem algumas cabeças pensantes que não embarcam em idiotices primárias.
A ideia, só por si abjecta, caiu por terra. Os exames de português continuam.
Abaixo o facilitismo.
Se com exames temos o que temos o que seria sem eles.
No que respeita à filosofia é outra questão e prometo voltar a ela, porque não é líquido que o seu desaparecimento seja benéfico.
Mas lá irei.
Para terminar deixo-vos um texto maravilhoso.
Leiam, interpretem, usem-no até à exaustão
http://web.ipn.pt/literatura/letras/ensaio59.htm.
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