quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

"Voto piedoso"

O debate entre Soares e Alegre para as presidenciais não era tão só e apenas mais um debate.
Em confronto estavam dois homens com um passado e um presnte comum: o PS.
Depois de um seco cumprimento de circunstância, assistiu-se a uma primeira parte viva, onde Mário Soares fez valer a sua experiência de "animal político".
A segunda parte, mais incisiva sobre aspectos concretos foi avançando para a monotonia até que e a propósito do desemprego, Soares tomou fôlego e foi avançando impiedosamente.
A propósito do desemprego, Soares disse que falam todos, mas isso não passa de "um voto piedoso" - "o Presidente pode criar empregos? Pode obrigar o Governo a fazer esta ou aquela lei? ". Alegre bem contrapunha que, embora não tivesse sido PR, tinha experiência política. Novamente Soares foi mordaz "foi, brevemente, secretário de Estado e, depois, nunca mais quis entrar num Governo".
Mas o melhor de Soares e o pior de Alegre ainda estava para acontecer.
Eis quando a propósito da privatização da água Alegre disse que, em última instância, se estivesse em causa essa matéria, poderia dissolver o parlamento.
Aqui Soares não perdeu tempo e lembrou que "essa bomba atómica constitucional" deve ser usada com muita parcimónia e, no caso do eleitorado não dar razão ao PR este só tem um caminho a seguir: a demissão.
Aqui, quer queiramos quer não, foi a voz da experiência a vir à tona.
Percebeu-se que a partir daqui nada será como dantes. E se Cavaco ganhar, vai haver estilhaços no Largo do Rato.

Ainda a bebé

A propósito do caso que ontem comentei deixo-vos dois artigos de dois jornais diários que merecem a nossa atenção:
http://www.asbeiras.pt/?area=saudedb&numero=28602&ed=15122005 e
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=184733&idselect=9&idCanal=9&p=94

Sem comentários:

Cavaco pede para este aquilo que não permitiu para os anteriores... a história fará a justeza de o ignorar quando a morte vence é sinal da ...