terça-feira, 27 de novembro de 2007

Isto é um país do faz de conta. Motivados com o agravamento das despesas com os combustíveis, onze associações de armadores do país reivindicam aumentos no preço do peixe, sendo que para o efeito constituiram já uma comissão que irá reunir com o Governo.
Disse o porta-voz das associações que esta: "É uma derradeira possibilidade que estamos a dar ao Governo para em conjunto encontrarmos as soluções mais adequadas", para além de que "os armadores têm vindo a pressionar as associações para haver uma paralisação" do sector.
"Há segmentos em que só o custo dos combustíveis representa mais de 40 por cento da sua produção", sendo por isso que os armadores pretendem que sejam "encontradas formas de fazer reflectir o agravamento do preço dos combustíveis na venda do pescado", como o aumento do IVA sobre o peixe, à semelhança do que acontece em Espanha e França.
Possivelmente serei eu que estou doido, mas é ou não verdade que o preço do peixe está a preços proibitivos para a maioria das bolsas dos portugueses? Claro que é verdade.
Então quem é que está a embolsar forte e feio? Claro que a resposta vai direitinha para os intermediários.
Sim, mas que culpa temos nós que os pescadores não saibam ou não queiram organizar-se, no sentido de levarem a "faina" até ao fim. Organizem-se como deve ser que ganham dinheiro e até o pescado pode descer de preço.

É curioso. Segundo as palavras do director-geral da Unihsnor - União das Empresas de Hotelaria, Restauração e Turismo "mais de 90% dos seus associados já solicitaram o dístico de estabelecimento sem fumo". Quer isto dizer que na grande maioria dos estabelecimentos de restauração, hotelaria e bebidas vai ser proibido fumar.
No dizer de António Condé Pinto, "os obstáculos que a lei cria a quem pretenda criar espaços onde seja permitido fumar são tantos que não vale a pena o esforço".
E é esta frase que me deixa perplexo, porquanto se percebe que agora todos se estão nas tintas para os fumadores, esses poluidores malditos, assassinos cruéis do ar que respiramos, essa "seita nefasta" deixou de ter direitos, só tem deveres.
São uns párias que somente delapidam e não contribuem. E porque são assim é bem feito que deixem de ter espaços onde se possam reunir. Possivelmente irão ser criados guetos para que sejam isolados dos outros, esses que não poluem, esses que têm deveres, mas também têm direitos.
É a hipocrisia habitual, mas hipocrisia da parte de todos. Poder, comerciantes, cidadãos... todos.
E a rematar gostaria de dizer que deixei de fumar, depois de 36 anos de consumidor, a 5 de Agosto de 2006. Sem medicamentos, sem nada. Foi suficiente um susto.
Hoje quando entro num espaço que tem uma atmosfera repleta de fumo, saio pura e simplesmente e isto porque eles têm tanto direito a fumar, como eu tenho em não fumar.
Fanatismos bacocos é do pior que pode existir.

Sem comentários:

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade