«Por que não te calas?». Esta expressão arrisca-se a ficar na história como se fosse o que de mais importante aconteceu na Cimeira Ibero-Americana que decorreu no Chile.
Sabemos que a monarquia espanhola foi importante e Juan Carlos decisivo na congregação dos espanhóis no pós-Franco e no caminhar para a democracia.
Sabemos que Morales, Chávez e Ortega têm uma visão limitada da democracia, uns mais do que outros, saliente-se.
Sabemos que Juan Carlos tentou dar por terminada a conversa entre Chávez e Zapatero, porquanto o primeiro atacava fortemente Aznar.
Mas mesmo sabendo isto tudo, importa referir o seguinte:
Primeiro - Chávez tem, na sua rectaguarda, a legitimação que lhe foi dada pelo sufrágio que disputou. Ora o monarca espanhol que eu saiba não foi legitimado por nada, a não ser por uma sucessão e nada mais.
Segundo - Importa não esquecer que esta nova leva de presidentes que tem chegado ao poder na América Latina e América do Sul são descendentes dos índios que os espanhóis em tempos idos mataram, violentaram, escravizaram, pilharam e exploraram e que em tempos mais recentes os americanos e alguns europeus se encarregaram de manter pressionados pelo domínio económico.
Terceiro - Quando Aznar deu o seu apoio ao golpe militar contra Chávez, sabia que estava a pisar "terreno minado".
O que teria dito o governo espanhol, ou mesmo Juan Carlos se um qualquer país da América Latina tivesse apoiado o golpe de Tejero Molina em Madrid.
É importante que se compreendam os novos poderes que vão emergindo na América do Sul e Latina e noutros pontos do globo onde os europeus séculos atrás e nos tempos mais recentes, acompanhados pelos americanos, impuseram, ou pelo menos tentaram impor, modelos da sua muito própria democracia e de sociedade.
Claro que esta compreensão não significa capitulação total quer de um lado, quer de outro. Significa antes aceitação dos erros e virtudes de cada uma das partes para que se possam seguir caminhos que tenham como meta somente o desenvolvimento dos povos.
Importa salientar e de forma veemente que a Cimeira Ibero-Americana foi muito mais do que esta troca de palavras em directo.
O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, sente-se triste e revoltado com a retirada do Orçamento do Estado para o próximo ano de qualquer verba de apoio aos alunos carenciados da Universidade Católica.
Eu sinto-me triste e revoltado pelo mega desperdício que foi a nova igreja de Fátima.
Fiquemos por aqui.
Que mistura é esta? Paulo Portas garantiu que digitalizou os seus documentos “de sete anos de presidente do CDS e de três à frente do ministério” da Defesa, mas negou que estivessem classificados de “reservados” ou “secretos”.
Mas que mistura é esta? Presidente do CDS e ministério da Defesa? E sessenta e tal mil páginas? E pagou do bolso dele?
E porque é que o Ministério Público nunca investigou isto? Porque é que Portas não leva os documentos ao Procurador para serem analisados?
Gabriel Drumond, deputado do PSD-M da Assembleia Regional da Madeira, defendeu que a Madeira deve avançar para o processo de independência, caso a revisão constitucional de 2009 não aumente as competências legislativas do parlamento regional.
O processo não pode começar já?
Ah?... e depois vivem à custa de quem?
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