Hoje foi dia de greve na função pública. Como era de prever os números da adesão são díspares. Claro que não acredito nos números do Governo, mas também não aceito os números dos sindicatos, aliás estes têm um esquema de contabilização que deixa a desejar.
Por exemplo, uma escola fecha as portas porque não tem pessoal auxiliar que chegue para ela funcionar. Para os sindicatos essa escola representa 100 por cento, mas isso não é verdade, porque os administrativos estão e os professores também, logo não pode ser 100 por cento. Claro que este exemplo se multiplica por muitas escolas. Umas têm auxiliares e não têm professores, etc e etc.
Mas não só por escolas, por outros serviços também.
Curiosamente gostaria de lembrar que os números de adesão à greve são poderão ser disponibilizados terça-feira, quando estiverem recolhidas as justificações de ausência. Aí sim, aí veremos quantos fizeram greve.
Uma coisa é certa: esta "ponte" que os sindicatos acharam por bem dar, foi uma benção.
Curiosamente, e para rematar esta matéria, o líder do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou que não se congratula com a greve da administração pública, mas compreende as razões da paralisação dos funcionários públicos.
Continuando. Fez bem Luís Filipe Menezes, e já que estamos numa de compreensão, porque ao que parece os portugueses também já o compreenderam.
Após ter desaparecido o efeito da eleição de Luís Filipe Menezes, o Partido Socialista volta a tirar votos ao PSD e também à esquerda, ficando com mais 12 por cento das intenções de voto do que os sociais-democratas.
O PSD de Luís Filipe Menezes cai cinco pontos num mês e apresenta-se com 31,5 por cento das intenções de voto. O barómetro da Marktest para a TSF e DN mostra que, se as eleições fossem hoje, o Partido Socialista ficaria no limiar da maioria absoluta.
Curiosamente no que diz respeito aos ministros, quase todos subiram à excepção de Mário Lino. Mesmo na saúde e na educação, os titulares das pastas registaram subidas.
José Sócrates recupera 14 pontos embora permaneça em terreno negativo.
O CDS passa de 2,9 para 4,5 por cento. O PCP desce para os nove por cento e o Bloco de Esquerda com sete por cento das intenções de voto.
Entre os líderes partidários verificamos que Portas sobe alguns pontos mas continua a ser o dirigente com a pior avaliação. Jerónimo de Sousa baixou e Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, é o mais popular.
Este barómetro TSF/DN foi realizado entre os dias 20 e 23 de Novembro, tendo por base 807 entrevistas por telefone fixo. A margem de erro é de 3,45 por cento.
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