terça-feira, 8 de novembro de 2005


Ainda a França

Ao lerem o meu comentário de ontem, podem pensar que nutro simpatia ou mesmo que desculpo algumas atitudes dos "revoltosos". Enganam-se. Enoja-me a violência e esta especialmente.
Relatos havia que já me deixavam indignado e preocupado tais como:

Aos 60 anos, Jean-Jacques Le Chenadec era um recém-reformado. Trabalhou para a Alpine-Renault, onde montava carros de desporto. Tinha orgulho no seu trabalho, trabalho esse que o levou a coleccionar os modelos em miniatura que ele tão bem conhecia da linha de montagem. Há quem com muito menos que 60 anos fique em casa. Jean-Jacques, na passada sexta-feira, estava na sua rua, em Stains, nos arredores de Paris, para guardar... o caixote de lixo (não o seu particular, mas o do prédio), que já tinha sido queimado um vez. Um garoto de capuz agrediu-o na cabeça, mandando-o, em coma, para o hospital.

Jean-Claude Irvoas também gostava do que fazia. Ia como a mulher e a filha de carro, em Epiney-sur-Seine, nos arredores de Paris, quando viu um candeeiro de rua, feito na sua empresa. Saiu para fotografá-lo. Três jovens cercaram-no e, aos pontapés, mataram-no no chão. Ontem, Jean-Jacques, o reformado de Stains, não resistiu e morreu.

Mas desta noite novos relatos nos chegam. Para além dos mais de 1000 veículos incendiados, foram ainda incendiados um ginásio (Seine-Saint-Dennis), várias creches (Bordéus, Havre e Brest) e uma agência de emprego (Bordéus) e lançado um ‘cocktail molotov’ contra a fachada de um hospital (Vitry-sur-Seine, na zona leste de Paris), além de agredidos dois jornalistas italianos.
Creches? Hospitais? É a barbárie pura e dura.


E cá?!

‘Tarde Quente’, o programa de João Kléber na TV Manchete do Brasil, foi suspenso por decisão jurídica, sob a alegada acusação de homofobia.
Que pena que a decisão de suspensão não abrange a idiotice do "Fiel ou infiel" da TVI.

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