Choque tecnológico
Finalmente lá foi apresentado o choque tecnológico.
Não discordo de que se trata de algo fundamental para a dinamização do nosso país, mas apraz-me dizer que o choque tecnológico não é exclusivo do governo.
O incremento da tecnologia é uma soma, sendo que o comum dos mortais é igualmente uma parcela dessa operação.
Sendo assim não compreendo que o Governo não apoie e nem incentive como deve ser os particulares que investem na tecnologia.
É claro que estou a referir-me à aquisição de computadores e à internet.
Como sabemos o incentivo fiscal na compra de computadores é mínimo, para além disso em Portugal é caro navegar na internet, sendo que esta é dominada por monopólios que fazem o que bem lhes apetece na exploração.
Sendo assim deixava aqui uma sugestão para o Plano Tecnológico: mais incentivos aos particulares que dotem os seus lares de sistemas computacionais e uma moralização da exploração da internet, não só nos preços mas igualmente na velocidade e numa fiscalização apertada aos períodos de inactivação da rede, sendo que sempre que um operador estivesse com problemas o utilizador deveria ter a faculdade de mudar de operador sem que fosse necessário modems ou outros aparelhos que tais.
Vamos ao eucalipto
Sempre fui de opinião que Miguel Cadilhe foi e é alguém com "cabeça, tronco e membros". A sua passagem pelo ministério das Finanças, deixou marcas. E vou mesmo mais longe: talvez o seu afastamente prematura dessa pasta seja o responsável por estas medidas todas que nos foram agora despejadas de sopetão.
Pois bem Miguel Cadilhe deu à "Visão" uma entrevista de 4 páginas onde faz uma análise lúcida e objectiva sobre a política e a economia à portuguesa.
É um texto imperdível (www.visaoonline.pt).
Claro está que esta entrevista provocou alguns engulhos, nomeadamente no staf cavaquista e alguns elementos do PSD. E digo alguns, porquanto estou certo que muitos houve que aplaudiram de pé - embora às escondidas - as suas palavras, em especial a comparação de Cavaco com um eucalipto. Sim que isto de encher o peito de ar e gritar a plenos pulmões não é para todos.
Claro está que já veio o cronista de serviço (Luís Degado) fazer as primícias de Cavaco.
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