terça-feira, 22 de novembro de 2005

Estou admirado

Mário Soares afirmou ontem que tem dúvidas sobre o projecto do aeroporto da Ota, por não conhecer os relatórios. Já a proposta da linha de TGV Lisboa-Madrid para 2013 é defendida como sensata, apesar de, igualmente, desconhecer os custos e os relatórios.
Para onde foi o candidato que recentemente afirmou, a propósito da Casa da Música, que as derrapagens não são importantes, porque o dinheiro acaba por aparecer?

Eu avisei

Quando Ribeiro e Castro assumiu a liderança do CDS/PP, caíu-lhe no colo uma bancada parlamentar formada sob a batuta de Paulo Portas. E que possui alguns dos elementos que mais de perto trabalharam com o ex-líder do CDS e não deixa de ser curioso ver que todos estiveram ao lado de Telmo Correia, o outro candidato a liderança do CDS/PP.
As críticas à direcção do CDS começaram no congresso. Primeiro foram as eleições directas, depois as presidenciais e os resultados das autárquicas. As divergências são acentuadas e estendem-se desde as questões de estratégia até às posições de princípio.
Mas se o executor é Pires de Lima, o mandante é Paulo Portas.
É certo que ele abandonou a liderança, mas não abandonou o partido. E toda a estratégia que tinha delineada caíu com a eleição de Ribeiro e Castro, sendo assim teve que arrepiar caminho.
Desenganem-se todos aqueles que julgavam que Portas estava "morto", ele está vivo e bem vivo. Aliás, diz-se nos mentideros que a entrevista de Constança Cunha e Sá a Cavaco teve dedinho seu e olhem Cavaco penou e penou bem.
Para concluir podemos dizer que Ribeiro e Castro escapou ao aperto de mão em Coimbra, mas não vai escapar à palmadinha nas costa no Caldas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Obviamente! Obviamente, Pires de Lima é "meio" Portas e obviamente Portas está vivo. Mas será que não faz falta um "portas" qualquer para preencher um espaço que, a ficar vazio, faria alguma falta na democracia?? Abraço

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade