quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Tinham dúvidas, pois aí está

Imigração, confrontos, explosões na periferia: Basta é a palavra de ordem para a manifestação que o partido de extrema-direita Front National, de Jean-Marie Le Pen, convocou para a próxima segunda-feira, 14, no centro de Paris (Palais Royal), insistindo na ideia ‘França amem-na ou deixam-na’. Os incidentes que se tem verificado deram origem a muitos convites a Le Pen para entrevistas na rádio e TV, sendo que estará no próximo domingo no ‘Grande Júri RTL’.
Agora é só esperar e ver o que é que os jovens arranjaram para eles e para os outros.

E por cá nã estamos melhor

Nuno Melo, líder parlamentar do CDS-PP diz que não há volta a dar: “Em primeiro lugar deve-se repor a ordem. E depois discute-se Sociologia”. Estas são palavras proferidas no encerramento das jornadas do partido, atribuindo a violência em França ao resultado de “políticas de imigração laxistas” de executivos de esquerda.
Como todos eles são previsíveis.

Também este?!

Francisco Louçã apresentou ontem o seu manifesto eleitoral e quando todos esperavam um manifesto irreverente e com algo de novo, eis que se nos apresenta mais um candidato mas a primeiro-ministro.
Louçã defendeu a convergência das pensões mínimas com o salário mínimo nacional e o seu alargamento aos “800 mil reformados que estão abaixo da pensão básica, aos que têm de pagar para ter o mesmo apoio na doença que os beneficiários da ADSE e aos que têm de trabalhar mais de 40 anos até atingirem a idade da reforma”. Para assegurar o financiamento sustentável da protecção social, Francisco Louçã propôs a “redução da taxa social única em 3,5 por cento (...) conjugada com a compensação por uma taxa de três por cento sobre o Valor Acrescentado Bruto das empresas”. Apoiado em gráficos e números que sustentam as suas ideias, o candidato assegurou que, com as metas propostas para a alteração do modelo de financiamento, “não haverá rupturas financeiras” e “não haverá colapso do sistema de protecção social”.
Mas isto não é matéria e competência do Governo?
Eu já aqui tinha dito que o país dispensava bem estes candidatos e o passar do tempo está a confirmar isso mesmo.

Expliquem-me, porque não entendo

Não consigo compreender o desentendimento que se gerou à volta do Orçamento de Estado que hoje começou a ser discutido na Assembleia da República. E não consigo, porquanto verifico que os socialistas, os sociais-democratas e até mesmo o CDS/PP estão de acordo com os princípios gerais enunciados e a urgência em aplicar as medidas que estão a ser concretizadas, e se é assim porque é que votam contra?
Uma das personagens de "Os Maias" do Eça, diz que o máximo que viajou foi até Badajoz, mas isto era século XIX. Hoje, século XXI, não é necessário viajar fisicamente para constatar que os pactos governativos e o trabalhar em comum foram a pedra de toque quer no caso da Filândia quer no da Irlanda.
Por isso meus senhores cultivem-se. Leiam, pesquisem, façam o que for preciso, mas façam-no não a olhar para o vosso próprio umbigo, mas sim para o de todos.

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