quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Portugal no seu melhor

Século XXI. O presidente do Metropolitano de Lisboa, Mineiro Aires, entregou uma obra a uma empresa, também detida a 100 % por esta empresa pública, que, por sua vez, subcontratou uma outra fundada pelo próprio gestor - mas que abandonara antes de assumir a presidência do Metro. Ilegal? Não sei. Confuso? Afirmo peremptoriamente que sim.
Este é mais um dos episódio que vem agravar os sintomas da grave doença que há anos mina a base da democracia e que, curiosamente, provoca "mossa" na classe política mas poupa os gestores de empresas públicas.
As decisões de gestão pública só podem ser interpretadas de 4 formas:
1.º São e não parecem;
2.º São e parecem;
3.º Não são e parecem;
4.º Não são e não parecem.
O que se devia passar, é que as decisões deviam obedecer sempre à 4.ª forma.
Mas não. Insiste-se em arranjar sempre em arranjar um rabo para ficar de fora.
É isto que mina a confiança dos portugueses nas suas instituições, é isto que vai fazendo com que em Portugal metade vive desconfiado da outra metade.
São este tipo de coisas que criam um sentimento genérico, de que há uma classe de gente "poderosa" que vê o Estado como forma de tratar de si própria e não de servir os outros.
Não questiono a seriedade do presidente do Metro. De certeza que teve razões para tal facto.
Questiono sim todo o processo. Porque queiramos ou não, ele é um tanto ou quanto complicadote.
http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=24756549

A entrevista que faltava

Quando Santana Lopes perdeu as eleições, eu disse que não era o seu fim.
A prova disso mesmo está na entrevista concedida à SICNotícias. Nela Santana avisou que com Cavaco na presidência vai haver sarilho institucional, que possivelmente vai disputar a liderança do PSD e que após as presidenciais vai regressar como deputado.
Santana no seu melhor.

As presidenciais continuam

Soares um dia fala aos jornalistas, no outro dia não fala. É Soares no seu melhor.
Alegre assume-se como único capaz de passar à segunda volta e, curiosamente, diz que Viseu já não é o cavaquistão (no dia 22 veremos).
Já Cavaco tem um problema bicudo para resolver. A sua comitiva tem sido vítima de vários assaltos (talvez por isso se vejam tantas pessoas em redor do candidato: são os apoiantes e os assaltantes).
Resumindo e concluindo: tudo como dantes, quartel em Abrantes.

1 comentário:

Anónimo disse...

AHAHAHAHAH!!! Como diz o meu amigo Rogerio, este País não existe. É tudo virtual.

Cavaco pede para este aquilo que não permitiu para os anteriores... a história fará a justeza de o ignorar quando a morte vence é sinal da ...