segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Fica-lhe mal. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, recusou "triunfalismos" quanto aos resultados do combate aos incêndios e defendeu uma análise serena do cenário traçado pelo ministro da Administração Interna, que voltou a congratular-se pela reduzida área ardida (72 mil hectares).
Duarte Caldeira disse à Lusa "Estamos satisfeitos com os resultados, mas a análise técnica deve ser feita com serenidade e sustentabilidade, adversárias da análise política que precisa de resultados imediatos". Referiu ainda algum que reconhece alguma "justeza" em medidas como a criação dos GIPS (Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro, formados por elementos da GNR), disse ser necessário reunir muita informação e analisar o conjunto de incêndios cuja área ardida ultrapassou os 500 hectares. "O que realmente melhorou este ano foi a organização inter-institucional, não tanto o combate no terreno", disse, criticando a "sobrevalorização" da actuação dos GIPS, cujas brigadas heli-transportadas tiveram uma taxa de êxito equivalente às dos bombeiros, mas com um custo anual "vinte vezes superior". Em termos de combate, a GNR não representou uma mais-valia, mas que no que respeita à vigilância e patrulhamento os resultados foram muito positivos, considerou.
Percebemos pelas palavras deste senhor que a existência, para ele, dos GIPS não é importante (embora ele seja dúbio, porque primeiro realça e depois ataca), penso mesmo que ele pretenderia que esses grupos fossem formados por bombeiros e não por elementos da GNR.
É esta nossa mesquinhez tacanha que me chateia.
Será que era muito penoso para o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses reconhecer que neste ano as coisas correram um pouco melhor e que era importante que todos reconhecessem o que mesmo assim falhou neste ano, para que os próximos possam ainda ser melhores do que este? realmente esta constatação deve ficar-lhe atravessada.
A porra das "capelinhas"...

O problema é a cadeira em S. Bento e não um qualquer banco de automóvel para percorrer o país e ver a realidade.
Honório, Novo, Deputado do PCP, escreve hoje no JN um artigo com o título "O garrote do Poder Local!".
Honório Novo não é um novato nestas questões e, portanto ficam-lhe mal algumas palavras que profere.
No primeiro parágrafo do artigo em questão diz, e passo a citar, "Esta posição(contestatária à Lei das Finanças Locais) é mesmo reforçada por uma meia dúzia de presidentes discordantes que - logo se soube - ou serão dos poucos beneficiados com a lei (confirmando-se assim o pequeno número dos que sairão a ganhar), ou pertencem ao escasso lote dos que ainda precisam de baixar a cabeça para assegurar (re)candidaturas."
Isto é o quê? A tese democrática do PC? A mesma tese que mandou às malvas o escrutínio popular e substituiu Carlos Sousa, o presidente eleito da autarquia de Setúbal? Ou esta será a tese da Camâra Municipal de Montemor-o-Novo que cedeu gratuitamente o autocarro camarário, portanto pago com o nosso dinheiro para transportar pessoas para se manifestarem contra Sócrates aquando da sua permanência em Évora para um evento partidário, para além de essa manifestação ter sido publicitada através do mail da Câmara. Por acaso os dois autocarros também não foram cedidos gratuitamente para a manisfestação promovida pela INTER? (Isto é só um pequeno aparte para tentar perceber quem paga o combustível e as horas suplementares do motorista).
Quanto ao aspecto de assegurar as (re)candidaturas também gostaria de dizer algo, que não se destina somente ao deputado Honório Novo, mas a todos os deputados: porquê os deputados encabeçam, ou pelo menos aparecem em lugar de destaque, nas listas das autarquias locais? Esta situação sempre me deixou intrigado! Será para no caso de não serem eleitos deputados puderem ter sempre um lugarzito à disposição.
O sr. deputado podia trocar a cadeira de deputado por um volante e percorra o país e verá quantos milhares de contos não foram gastos em obras que nada dizem e nada servem aos locais e tão só à megalomania de uns quantos que acham que as cadeiras do Poder Local só servem para reforçar um poder caciquista e nada mais e olhe que sr. deputado este é um problema transversal a todos os partidos, se é que me entende.

Já está à venda o livro de Luís Miguel Rocha, "O Último Papa", que fala da morte misteriosa do Papa João Paulo I. Trata-se de uma obra que assenta em documentos reais e que assume ter uma parte ficcional. Seja de que forma for, até porque é uma matéria que o Vaticano sempre varreu para debaixo do tapete, trata-se de uma obra de leitura obrigatória.

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o Expresso bem pode querer fazer o favor ao sr. Primeiro Ministro, ao sr ministro da Educação Fernando Araújo e ao seu secretário de Estado ...