Não gosto do sindicalista Mário Nogueira da FENPROF, vejo-o como um elemento que precisa do protagonismo como do ar que respira.
A palavra canalha, por muito dicionário que cite, tem um sentido pejorativo a cem por cento, para além de não ser uma palavra correcta na avaliação de um membro do governo, estejamos ou não de acordo com as posições deste mesmo elemento.
Critiquei os dois elementos do Sindicato da PSP pela linguagem displicente que utilizaram (e não foram tão longe) e critico agora Mário Nogueira pela falta de respeito que demonstrou.
Aproveito para reiterar aquilo que já referi aqui anteriormente a propósito de sindicalistas e recentemente sobre os deputados candidatos a lugares autárquicos.
Os sindicalistas, sejam de que quadrante forem, devem somente estar centrados no sindicalismo e deixarem a política para outras gentes.
Mário Nogueira é um mau exemplo: foi candidato a deputado na lista da CDU, foi elemento preponderante na campanha presidencial do líder do PCP e, não tenho a certeza se foi candidato autárquico.
Se um sindicalista tem tempo para a política é porque ou o trabalho sindical não é muito, ou tem no sindicato quem faça o seu trabalho, o que quer dizer gente a mais no campo sindical.
Estranho. A primeira iniciativa do novo procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro, teve como resposta um chumbo do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). Num gesto inédito na história portuguesa, os conselheiros rejeitaram ontem o nome de Mário Gomes Dias para vice-procurador-geral da República.
Ao que parece, o chumbo do nome proposto por Fernando Pinto Monteiro, teve origem no funcionamento em bloco dos membros designados pelo Ministério Público.
Chateia-me que me atirem com poeira para os olhos, ou que não chamem as coisas pelo nome.
Vem isto a propósito das declarações do secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, que diz que a culpa do aumento de 15,7 por cento na factura da electricidade a partir de 1 de Janeiro de 2007 para os consumidores domésticos é do consumidor.
António Castro Guerra, disse à TSF, que admite que o aumento das tarifas eléctricas é grande, mas culpa o consumidor disso, porque esteve vários anos a pagar menos do que devia.
Segundo este senhor, até agora a lei impedia uma actualização de preços acima da inflação, o que criou um défice tarifário que devem ser os consumidores a pagar. "Este défice tem de ser pago por quem o gerou", afirmou António Castro Guerra, defendendo que este valor seja recuperado num prazo de três a cinco anos. Questionado sobre o facto de o aumento das tarifas eléctricas para as empresas ser menor do que para os consumidores domésticos, o secretário de Estado defende que assim seja."As empresas estão a competir no mercado e nós não podemos, por razões de energia, reduzir a competitividade das empresas. E mesmo assim já é um aumento substancial", justificou.
Querem as verdadeiras razões do aumento, leiam a minha crónica de ontem.
Acabemos com a prepotência. Estamos fartos de dar dinheiro para receber em troca programas sem qualidade e uma quantidade desmesurada de anúncios.
Vem isto a propósito de que o O Orçamento do Estado prevê um aumento das receitas da RTP e RDP no valor de 2,4% a pagar pelos consumidores nas facturas da electricidade. Ou seja, os portugueses (empresas e particulares) vão ter de despender mais quatro cêntimos por mês, mesmo os que não tenham rádio nem televisão ou que por qualquer outra razão estão impedidos de ter acesso a esse serviço.
Sou de opinião ainda que quem está ligado à TVCabo, ou à Cabovisão não devia pagar, sendo essas empresas que o fariam. As pessoas com essas ligações estão a pagar um serviço em duplicado. Pagam o pacote a que aderiram na televisão por cabo e posteriormente pagam na factura da electricidade novamente para uma estação de televisão que já pagam no pacote de cabo.
Neste país as duplas tributações são uma praga, sendo que a defesa do consumidor deixa muito a desejar.
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