quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Nem quero acreditar em tal coisa. A Associação Nacional de Empresas do Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA) apresentou recentemente ao Governo uma proposta para a implementação de um imposto sobre as reparações em automóveis, a cobrar junto do cliente final.
Para a ANECRA, esta proposta visa minorar os prejuízos das oficinas no cumprimento da actual legislação ambiental, que obriga as empresas a suportar o tratamento dos resíduos derivados das reparações dos veículos. “Os custos que as empresas do sector automóvel são obrigadas a suportar, com o tratamento de resíduos, são cada vez maiores” e justificam, segundo comunicado da ANECRA, um imposto junto do consumidor visando “a defesa dos interesses do sector”. Tendo presente a actual legislação ambiental, a proposta da associação do sector automóvel “visa a possibilidade das empresas da reparação e manutenção automóvel procederem à facturação e cobrança adicional, ao cliente final, de um valor fixo ou variável, nos serviços prestados e no custo dos materiais, em caso de substituição de peças usadas e/ou avariadas”. A ANECRA considera que a sua proposta “permitiria atenuar a considerável carga de custos directos e indirectos, suportados por esses operadores da reparação automóvel, enquanto produtores de resíduos, designadamente, para compensar parcialmente os encargos inerentes à gestão ambiental das referidas empresas” uma vez que o cumprimento destas obrigações legais no domínio da gestão ambiental, implica, segundo a associação, “custos manifestamente elevados, dificilmente suportáveis pelas pequenas e médias empresas que integram o sector em apreço, particularmente quando são confrontadas com uma conjuntura económica e financeira adversa, o que, inclusivamente, poderá fazer perigar a sua própria sobrevivência”. No seu comunicado, a ANECRA explica que a proposta apresentada vai ao encontro de soluções já adoptadas em outros países da União Europeia e afirma a sua convicção de que o Governo será sensível a mais esta iniciativa, “que não colide, com a normal implementação e funcionamento dos Sistemas de Gestão de Fluxos de Resíduos, respeitantes ao automóvel, em que está em causa uma questão que se reveste da maior importância para todos o sector em geral”.
Não consigo explicar isto e porquê? Porque o pagamento hora nas oficinas é calamitoso e o resultado nem sempre é o melhor.
Espero que o Governo não vá nesta comédia, se tal acontecer será novamente uma pedrada. Já o novo IA que aí vem me parece um bocado obtuso.

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