sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Frase interessante? Preocupante? Já nem sei. É verdade, a frase proferida pelo secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, teve ontem pelos menos duas frases que me deixam perplexo: “ou os sindicatos param de afundar o barco [com greves] e trabalham com o Ministério ou correm o risco de ser os primeiros a afundar-se” e “se o Ministério paga a factura da contestação, então vai legislar da forma que entende melhor para o País”.
Já aqui escrevi variadas vezes sobre educação, sobre o que penso de alguns dirigentes sindicais e sobre a ministra da Educação.
Mas estas duas frases dão-me ensejo de escrever algo mais.
Neste momento o que podemos ver é a contestação dos professores ao Estatuto da Carreira Docente. Este Estatuto transformou-se num papão de inúmeras cabeças que só foi criado para prejudicar os docentes.
Tirando dois pontos sobre os quais discordo plenamente (a questão do insucesso e abandono escolar que se atribui aos professores) não vislumbro problemas tão agudizantes que possam originar toda esta problemática, isto deixando de lado a questão corporativa.
Realmente faz-me confusão que os professores contestem o que estão a contestar e não se lembrem de fazer nenhuma referência ao caso do ensino da TLEBS.
Posso aferir que ninguém está preocupado com a matéria (conheço pelo menos uma professora que está).
E se os professores estão preocupados com a carreira, deixando questões destas na escuridão, o ministério não lhe fica atrás.
Mandou o ministério que os professores fizessem auto-formação, como se isto fosse possível numa matéria desta envergadura, sendo que as gramáticas que se encontram no mercado e que já referem a matéria são díspares, não sendo possível aferir, mesmo com a ajuda do ministério, qual delas é a correcta.
Por outro lado ninguém se lembrou de informar os pais/os encarregados de educação.
Para uns e para outros (professores e ministério) os pais são uns seres que estão a mais e que se souberem muito chateiam e dão demasiado trabalho, e tanto é assim que o ministério já abdica da opinião dos pais na avaliação afinando pela voz dos dirigentes da Fenprof (Paulo Sucena e Mário Nogueira, pelo menos) para quem os pais são uns ignorantes e sem capacidade de avaliar seja o que for.
Enquanto a educação andar assim num avanço e recuo não vamos a lado nenhum. Perdemos tempo e dinheiro e continuaremos na cauda da Europa.
E já agora, será que o Ministério da Educação não está a precisar de um abanão, um substituir de cadeiras, não de topo mas do baixo e do intermédio?

Estou preocupado. João Cordeiro, da Associação Nacional de Farmácias, manifestou-se contra o desejo do governo baixar o preço dos medicamentos.
Diz o referido senhor que a medida é injusta e vai fazer todos os esforços junto da Assembleia da República para travar a medida, inscrita no Orçamento de Estado, que diz prejudicar "duplamente" as farmácias.
Diz João Cordeiro que em dois anos, as farmácias passaram de uma margem de 20% para 18,25%, enquanto os armazenistas passaram de 10 para 6,87% e os laboratórios de 72 para 65%. A isto junta-se a redução do preço de venda ao público dos medicamentos - em dois anos, baixaram 12%, o que tem também implicações directas nos lucros destas áreas de negócio. De acordo com as contas da ANF, as duas medidas juntam têm um impacto de 19,97% nas contas das farmácias, "muito superior" ao impacto sofrido pela indústria, que é de "8,36%". O sector grossista é quem fica mais a perder, com uma redução de 24,87% dos lucros.
É só farmácias a fechar por falência......

Uma boa notícia. O Governo vai intervir na questão dos arredondamentos das taxas de juro do crédito à habitação.
A preocupação do Executivo em legislar sobre a matéria surge pouco tempo depois de o Banco de Portugal ter recebido um memorando sobre a prática do arredondamento das taxas de juro do crédito à habitação, apresentado pela Associação Portuguesa dos Consumidores e Utilizadores de Produtos e Serviços Financeiros (Sefin). Esta associação considera uma "prática abusiva", por parte de toda a banca, a decisão de arredondar para um oitavo ou um quarto de ponto percentual acima, o valor médio do indexante escolhido para fixar a taxa de juro do empréstimo, normalmente a Euribor a três ou a seis meses, considerando mesmo que tal prática é ilegal, uma vez que se trata de um cláusula contratual que não é objecto de negociação.
Só esperamos que a legislação que aí vem seja correcta.

1 comentário:

Anónimo disse...

OK. Se é ilegal e isso foi reconhecido, .....então para quando o nosso reeembolso????. eheheeh Adoro este País.
Abraço

Cavaco pede para este aquilo que não permitiu para os anteriores... a história fará a justeza de o ignorar quando a morte vence é sinal da ...