sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Já não tenho a mínima pachorra para ver e/ou escutar o casal McCann e o seu elevado séquito de apaniguados.
Acho tudo demasiado nojento. A entrevista à cadeia televisiva espanhola "Antena 3" é de uma hipocrisia gritante. A filha merecia-lhes uma atitude mais digna.
Razão tem José Cabrera Fornero.

Primeiro foi a OPA. Agora é a OPT. Vamos lá descodificar estas siglas. Primeiro Teixeira Pinto, em nome do BCP avançou com uma Oferta Pública de Aquisição sobre o BPI que este considerou hostil.
A partir dessa data o BCP nunca mais se endireitou e caminhou sempre de escândalo em escândalo, até esta situação um tanto ou quanto débil e à mercê de um qualquer ataque, fosse ele nacional ou estrangeiro.
Era pois o momento ideal para Ulrich dizer de sua justiça.
Num trejeito mais soft avançou com a Oferta Pública de Troca.
Uma “fusão construtiva”, nas palavras de Ulrich, assente numa “proposta positiva” e com um nome elucidativo para o novo grupo financeiro: Millennium/BPI, sendo que a OPT se baseia na proporção de duas acções do BCP por cada acção do BPI.
Agora perspectivem a orgânica administrativa: terá um conselho de administração alargado, com 31 membros no máximo, incluindo os 9 que formam a comissão executiva.
O presidente do conselho de administração será pessoa indicada pelo Banco Comercial Português e o vice-presidente indicado pelo BPI.
Haverá mais 9 vogais [administradores não executivos] indicados pelos accionistas do Banco Comercial Português, SA (com excepção do banco BPI) e cinco outros indicados pelos accionistas do BPI, nos dois casos segundo regras que têm em conta a percentagem de capital detida.
Cada um dos accionistas do BCP e do BPI que venha a ficar com uma participação no Banco Millennium BPI, superior a 9 por cento, indicará dois vogais.
Como é evidente tudo isto em nome de um desejo de que este seja um banco nacional, desejo esse que me provoca um riso desmedido e isto porque bastará olhar para os accionistas do BPI e para os do BCP para perceber no imediato que os grandes accionistas do futuro banco serão os espanhóis do La Caixa, seguido dos holandeses da Eureko, logo no imediato os brasileiros do Itaú e depois é que aparece Joe Berardo, seguido da Teixeira Duarte. Só que a seguir à construtora aparecem a JP Morgan, a Sonangol, o Sabadell, a EDP, a Allianz, a Moniz da Maia e o Banco Privado Português.
Uma busca rápida no Google dá para ver quem são os accionistas nacionais e o seu peso, por isso está-se mesmo a ver que é um banco nacional não está.

Por falar em bancos, de Janeiro a Setembro deste ano, o BES registou o resultado líquido de 487,8 milhões de euros, mais 60,1 por cento que no mesmo período de 2006.
Está tudo louco.

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