terça-feira, 23 de outubro de 2007

Nem sei como classificar... A notícia mexe com o mais insensível que seja. Por mim este delegado de saúde ia pastar caracóis para a Indochina, mas a grande velocidade, já que na função pública ele não ficava nem mais um segundo.
As declarações dele "...Neste caso era uma mulher que sofria de problemas de saúde e entendi, face à hora em que fui contactado (ao final da noite de domingo) que a confirmação podia esperar pelas 08h00 de segunda-feira, uma vez que tinha de me deslocar 80 quilómetros" são vergonhosas e insultuosas para a dignidade humana.

Começou a caça às bruxas. Santana Lopes já mandou José Luís Arnaut (que liderava a Comissão de Negócios Estrangeiros), Miguel Relvas (que presidia à Comissão de Obras Públicas) e José Matos Correia (que estava à frente da Comissão de Ética) às urtigas. Em nome da "renovação", já mandou os homens de Barroso (mas que apoiaram Mendes) dar uma curva. Começou, no PSD, a "noite dos facas longas". Desengane-se quem pensava que Santana não se ia vingar da travessia do deserto a que foi obrigado.

Não chega lavar... O pagamento voluntário que o engenheiro Jardim Gonçalves fez da dívida anteriormente declarada incobrável pelo banco e pela qual um dos seus filhos é responsável, não mata de vez a questão.
Só o facto de existir suspeita de que possa ter havido tratamento de favor a um filho de presidente de banco é grave (claro que devemos esperar pelo final da investigação em curso das instâncias de supervisão para confirmar se a lei foi ou não infringida) e tem com toda a certeza consequências para a vida e o bom-nome do banco em questão.
Para além disso coloca-se a questão: os outros favorecidos? Não acredito que Jardim Gonçalves não soubesse de nada, até porque importa dizer que Filipe Pinhal e Alípio Dias são dois homens de mão de Jardim Gonçalves.
Resumindo. não basta lavar, é preciso fazer a prova do algodão e, neste caso, ele sai preto e bem preto.

Sem comentários:

a isto chama-se comprar votos e ter a felicidade de imprimir papel moeda sempre que é necessário. sabia-se que a carreira de Fernando Araúj...