sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, manifestou-se preocupado com casos como o que ocorreu segunda-feira numa sede sindical na Covilhã e desafiou os notáveis do PS a insurgirem-se contra este tipo de situações.
Menezes declarou que “estamos a acompanhar estes casos [na Covilhã e em Montemor-o-Velho], que não são isolados, com muita preocupação. Estamos com um problema sério de liberdades e julgo que é altura de vozes do Partido Socialista como o Dr. Mário Soares, o Dr. Jorge Sampaio ou o Dr. Vera Jardim - referências da liberdade em Portugal - se insurgirem e se indignarem contra isto, que nunca na vida tinha acontecido em 30 anos de democracia” e rematou dizendo "estamos numa situação muito grave e o PSD, se não tiver explicações cabais no Parlamento ainda esta semana, poderá vir a utilizar todos os instrumentos que existem no Estado de Direito para censurar o governo numa matéria que é muito delicada".
Não podia estar mais de acordo com Menezes. Acho que é um mau presságio para a liberdade individual e colectiva de um povo.
Agora também é um facto que Menezes não tem voz activa em matéria de liberdade e isto porque convém não esquecer que após a sua eleição e face aos comentários de Marcelo e Pacheco ele instruiu alguna elementos para pedir a expulsão dos comentadores do partido e olhem que eu sou insuspeito neste caso, já que não partilho das teorias de um e de outro.

O congresso do PSD que hoje tem início viu ser-lhe reduzida a margem de manobra com a divulgação dos bons resultados orçamentais.
A questão dos impostos já tinha corrido mal a Patinha Antão, mas os resultados agora divulgados estrangulam por completo a capacidade de oposição de Luis Filipe Menezes.
Ora vejamos: Menezes só poderá contestar a política económica do Governo, a reestruturação do aparelho do Estado que ainda falta e redução da despesa que ainda não chegou aos valores ideais, já que quanto a investimento público não pode falar já que Sócrates sustentado por uma base financeira mais sólida teve espaço para relançar o investimento público. Quanto ao défice, o tema está anulado já que o anúncio de um défice público de 3%, já em 2007, significa para os outros 12 parceiros da Zona Euro que o último país em transgressão saiu do défice excessivo, um ano antes do prometido, coisa que com o PSD no Governo nunca aconteceu.

Gostei do artigo de Fernanda Câncio.

Esta coisa do Rodrigues dos Santos, da RTP e do "Público" está a originar na minha cabeça alguma confusão.
Primeiro porque não sou ignorante ao ponto de acreditar na ingenuidade do jornalista quando fala de 2004, mas de certa maneira deixa algumas dúvidas referentes aos dias de hoje.
Segundo, porque sei que a RTP não é de todo inocente nestas questões.
Terceiro, porque é conhecido o atrito entre o "Público" e a RTP.
Quarto, espero que toda esta rocambolesca história não seja o fruto da ida de Paulo Camacho da SIC para a PTM, da subida de Guedes de Carvalho à direcção de informação da SIC, ou à falta de um rosto "credível" no "Jornal da Noite" da TVI.
Aguardemos pois.

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