Quer protagonismo. Quem olha para o ex-casapiano Pedro Namora, fica no imediato com a ideia que está perante alguém deveras ambicioso e que quer podium a qualquer preço, pelo menos é o que penso.
É dentro dessa linha que coloco as suas últimas declarações onde diz que tem na sua posse informações sobre abusos sexuais de menores ocorridos na actualidade e que está disposto a apresentá-los, sendo que está à espera de ser chamado pelo PGR.
Afinal toda a gente tem provas sobre os pedófilos (menos eu, claro). Uns esperam ser chamados pelo Procurador, outros entregaram a lista a não sei quem para ser divulgada daqui a 25 anos, enfim...
Mas voltando a Pedro Namora, ele diz mais: se o PGR não o chamar ele vai colocar-se "à porta da PGR".
Não sei porquê, mas vislumbro aqui alguns laivos de chantagem e o desejo de regressar à ribalta.
Ah... já me esquecia, fiquei perplexo com a frase dele. Diz Namora: "Sei que a rede pedófila, no essencial, não foi afectada dentro e fora da Casa Pia. As acções recomeçaram após o afastamento da provedora Catalina Pestana".
É impressão minha ou esta senhora disse na entrevista que os abusos continuaram enquanto provedora, sendo que ela foi impotente para travar isso mesmo.
Então como é que ficamos? Quem está certo? É que a bota não bate com a perdigota.
Vai estar presente quem tem que estar. É com estas palavras que Ribau Esteves, novo secretário-geral do PSD, dis a Pacheco Pereira que a nova direcção dispensa quer a sua presença no Conselho Nacional, quer as suas ideias sobre o referendo ou não do Tratado de Lisboa.
Resumindo: Pacheco é um produto descartável para os novos senhores do PSD e para o próprio partido no momento actual.
Não é por nada, mas fazem mal.
Ainda a fusão BPI/Milleniumbcp. Ainda sobre esta temática deve ler-se até ao fim o importante artigo publicado hoje pelo Correio da Manhã, especialmente na parte das remunerações.
Mas algo me preocupa. Com toda esta problemática de administradores, perdão de dívidas a uns, pagamento de dívidas de outros agora da fusão, ainda não vi ninguém referir-se às centenas, ou talvez milhares de microaccionistas, muitos dos quais são funcionários do Millenium e que foram induzidos pela sua entidade patronal a comprarem acções, alguns através de empréstimos no próprio banco.
E o que é verdade é que compraram acções a cerca de 5€ e agora, com toda esta bagunça, elas valem quase metade.
E os responsáveis desta brincadeira? Onde estão?
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