Afinal o sr. Procurador Geral da República não quer só processar os jornalistas pelas fugas ao segredo de justiça, quer ir mais longe. Todas estas demandas têm como objectivo forçar os jornalistas a revelarem as suas fontes de informação.
É asneira sobre asneira.
Primeiro: as fontes de informação são primordiais na vida jornalística. E são-no porque está garantida que a sua identidade não será revelada. É a liberdade de informação que está em causa. É o nosso direito a estarmos informados. A revelação das fontes pode e deve ser entendida como um acto de censura e, felizmente, esse departamento terminou em Abril de 74.
Segundo: o querer que as fontes de informação sejam divulgadas é uma falsa questão. E porquê? É simples de entender e este caso é o melhor exemplo para isso. A operação de fiscalização às instituições bancárias deve ter sido preparada com antecedência, ora se a fuga tivesse ocorrido aquando da preparação, bastaria juntar esses mesmos elementos e descobrir o autor da fuga. Neste caso a fuga, ao que parece, ocorreu durante a "visita" ao BES, logo a fuga só pode ter sido originada por aqueles que lá estavam. Não é o totoloto, mas também é fácil, barato e, embora não dê milhões, resolve a questão. E este remédio aplica-se a todas as outras maleitas.
Quer o sr. Procurador ou não queira as fugas têm origem interna e ponto final parágrafo.
Mas claro que é muito melhor derivar a atenção para outros elementos e deixar incólume a prata da casa.
E já agora sr. Procurador não o vi tomar qualquer atitude ou somente posição face ao julgamento do jornalista da Madeira (o tal que cujo caso dura há seis anos e cujo julgamento foi adiado por falta de sala - veja-se o excelente artigo de opinião em http://dn.sapo.pt/2005/10/23/opiniao/antes_a_doenca_esta_justica.html).
"Perdoa-lhes Pai que não sabem o que fazem"(Lucas 23:34).
Para os seguidores da religião católica, esta é uma frase importante. Dita por Jesus aquando da sua cruxificação ela tinha como objectivo pedir o perdão de Deus, seu pai, para aqueles que o pregaram na cruz e se preparavam para o matar. Se quisermos ir num sentido mais lato e abstracto, podemos dizer que Jesus pedia o perdão para todos aqueles que, cegos, não viam nele e na fé que pregava o salvador e a salvação do mundo.
O Sínodo dos Bispos terminou ontem com uma forte denúncia das situações de injustiça e pobreza na América Latina, África e Ásia e pedindo aos políticos para não apoiarem leis contrárias ao direito natural, ao casamento e à família. Na mensagem final da XI Assembleia Geral do Sínodo, reunida no Vaticano desde o dia 2 sob o tema "Eucaristia, fonte e objectivo da vida e da missão da Igreja", é também reiterado o "não" à comunhão eucarística para os divorciados, mas sem incluir qualquer referência ao celibato. Os 256 bispos participantes asseguraram que os divorciados recasados não estão excluídos da vida da Igreja, pedindo-lhes, inclusive, que participem na missa dominical, mas reiteraram que não podem comungar devido à "situação familiar irregular" em que vivem. Apenas poderão comungar se não mantiverem relações físicas com o seu par e, neste caso, é-lhes aconselhado a que o façam com discrição, indo a um templo onde não sejam conhecidos para evitar que alguém possa ficar escandalizado.
Por certo que estão a perguntar o que é que a primeira parte deste comentário tem a ver com a segunda? É fácil. Sem querer fazer equivalências de situações e/ou protagonistas, podemos dizer que os "recasados" podem e devem pedir a Deus que perdoe a ignorância e a recusa de ler os tempos de hoje pelos mandatários (ou será que são mandantes?) dessa mesma religião.
Salta aos olhos de qualquer um a ignorância dos padres, bispos, acebispos, etc. da religião Católica, e falo neles já que é o Cristianismo a religião que existe em maior escala neste nosso cantinho, Portugal. E a palavra "cantinho" com que designei o nosso país, é mesmo a mais apropriada. Não falo em relação ao tamanho dele, mas sim à mentalidade dos que o ocupam, que infliezmente é bastante retrógrada. Estas ideias dos ctolicistas não são mais que as ideias de milhares, quem sabe milhões, dos portugueses. Infelizmente, e repito a palavra porque é mesmo essa a ideia, ainda se ove muito hoje em dia aquela célebre frase do "aiii que horror os o meu casamento é o melhor". E isto ouve-se da boca daqueles e , principalmente, daquelas que adorariam ter um trabalho de 24 horas sobre 24 horas, para poderem estar fora de casa. Porque será que é tão condenada a ideia de ser feliz? Por acaso não se acha que mal nos casamos esse/a é o/a nosso/a companheiro/a de toda a vida pois não? No meu ver a resposta é obvia e concreta: Não, mas acredito que há muita gente por aí que se esconde na religião, coma ideia da não separação, e aguenta uma vida triste e miserável com um casamento que só mesmo a própria pessoa não quer acreditar que acabou.
ResponderEliminarAss:Diana