terça-feira, 13 de março de 2007

Assim não há hipótese. Ao que parece o Estado vai intervir em defesa dos moradores dos chamados "bairros de lata" que as câmaras têm vindo a demolir no âmbito do Programa Especial de Realojamento (PER) como aconteceu, por exemplo, recentemente nos municípios da Amadora, Cascais e Lisboa.
O grande problema que eu vejo nisto tudo é que estas pessoas reocuparam barracas que haviam sido anteriormente abandonadas por outras famílias que conseguiram um realojamentos em habitações sociais no âmbito daquele programa de realojamento.
Quer isto dizer que nós, sim porque o Estado somos nós todos, passamos a vida a pagar casas para uns quantos.
Isto mais parece uma rede do que outra coisa. Sai um para uma casa nova, entra imediatamente outro para a barraca (às vezes até entra o mesmo após alugar a casa nova) que passado algum tempo está a reclamar porque ainda não recebeu casa.
Desculpem lá, mas para nós que andamos uma vida inteira a pagar uma casa e que temos ainda de pagar mais umas quantas para estes artistas, começa a ficar muito complicado.

Será que temos um letreiro na testa a dizer que somos imbecis? Carmona Rodrigues deve pensar que somos todos parvinhos (assim tipo as meninas do concurso da TVI).
O sr. presidente da autarquia lisboeta (se fosse eu já tinha tido a dignidade e o discernimento de pedir a demissão) veio hoje anunciar um novo sistema de «gestão centralizada de compras». Carmona garante que, ao concentrar numa única entidade todas as aquisições da autarquia, vai poupar cerca de 33 milhões de euros em seis anos e conseguir «economias de escala».
Bem, a história da escala deve ser defeito de profissão; quanto à poupança de 33 milhões, apraz-me dizer que são muitos milhões, para alé de que então têm andado a fazer gastos supérfluos e que a vontade de poupar deu-lhe agora após aquela turbulência toda; quanto aos seis anos, tenha dó e paciência e não insulte a nossa inteligência.

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