domingo, 25 de março de 2007

A União Europeia completa hoje 50 anos de existência. O Tratado de Roma assinado a 25 de Março de 1957, na Piazza del Campidoglio, pela a Alemanha, a Bélgica, a França, a Itália, o Luxemburgo e os Países Baixos instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE), primeira designação daquilo que é hoje a União Europeia. Depois de duas grandes guerras mundiais, a Europa estava desejosa de paz e prosperidade. Os seis países que já, em 1950, haviam fundado a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço decidiram reforçar esta união económica e política lançando-se num grande projecto europeu. Cinquenta anos depois, a União Europeia é o maior bloco de países do Mundo, unindo 27 nacionalidades diferentes.
Estes 50 anos ficam assinalados pela Declaração de Berlim que julgo não ser um documento muito ambicioso e que se limita somente a transcrever aquilo que é possível neste momento, sendo que ela tem somente por finalidade congregar os países em torno de uma fórmula de alguma ambiguidade emblemática e alguma preocupação estilística fundamental para a manutenção e desenvolvimento da união e convenhamos isto é muito pouco.
Talvez seja importante nesta data ouvir as palavras de Delors (entrevista à revista "Única" do Expresso de ontem) e nomeadamente quando declara que 27 pode ser demais.
Para mais consultas sobre a CEE ver:





Ainda os 50 anos da União Europeia. O papa Bento XVI criticou ontem a União Europeia por excluir uma referência a Deus e a suas raízes cristãs nas declarações oficiais que marcam o cinquentenário da fundação do bloco. "A Europa parece ter perdido a fé", lamentou, em discurso durante encontro da Comissão Episcopal da Comunidade Europeia (Comece).
"Se os governos da União Europeia se querem aproximar mais de seus cidadãos, como podem excluir um elemento tão essencial para a identidade europeia como o cristianismo, com o qual a vasta maioria de sua população continua identificada?", perguntou Bento XVI. "Por acaso esta forma única de apostasia não conduz a Europa a duvidar da sua própria identidade?", acrescentou.
Referindo-se aos baixos índices de natalidade dos países do continente, o papa afirmou que a Europa parece estar a perder a fé também no seu futuro. "Alguém poderá infelizmente notar que a Europa parece estar seguindo um caminho que poderia eliminá-la da história", advertiu.
Utilizando uma linguagem ferroviária posso dizer que o Papa "fez mal a agulha".
Bento XVI deverá preocupar-se com o caminho que escolheu para a Igreja que lidera, embora eu saiba que os homens passam e as instituições ficam, julgo poder dizer com toda a propriedade que este Papa se arrisca, ao negar a evolução do mundo, a ser o responsável pelo aumentar da apostasia e não só na Europa, mas sim em todo o Mundo.

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