segunda-feira, 19 de março de 2007

Novamente. Regresso de novo ao último documento de Bento XVI uma vez que anteriormente centrei as minhas palavras nas alterações ao rito da missa.
Mas a "Exortação Apostólica da Eucaristia"(SACRAMENTUM CARITATIS), assim se designa o documento em causa vai mais longe. Relembra novamente a proibição do matrimónio dos sacerdotes e, numa perfeita negação da vida social dos nossos dias, proibe os católicos divorciados de receberem a comunhão, sendo que aqui num assomo perfeitamente utópico afirma que os divorciados que pretendam receber comunhão ou não podem viver com ninguém, tipo celibato, ou se viverem, essa vivência deverá ser igual à dos irmãos, sem sexo.
Isto para além de outras intrumentalizações perfeitamente absurdas.
A Igreja entra assim no reino da plena utopia.
Esta é a prova cabal de que com este Papa a Igreja vai entrar num período obscurantista, afastada da realidade social e num declive perigoso face a outras religiões e, porque não dizê-lo, face a outras seitas.
Estão pois confirmadas as apreensões que algum clero (nacional e internacional) e muitos leigos manifestaram quando viram assomar à varanda o cardeal Joseph Ratzinger como sucessor de João Paulo II.

Era espectacular. O argentino Luis Moreno Ocampo,procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) admitiu, em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Telegraph", que o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), George W. Bush, venham a ser processados por "crimes de guerra" cometidos no Iraque. Interrogado sobre se acreditava na possibilidade de Tony Blair e George W. Bush poderem vir a sentar-se algum dia no banco dos réus, no TPI, a fim de responderem pelos "crimes de guerra" que muita gente lhes atribui, o procurador-geral afirmou "Certamente, há essa possibilidade".
"Qualquer país que aderir ao TPI sabe que quem quer que cometa um delito no seu país pode ser processado por mim", disse o procurador. Segundo "The Sunday Telegraph", o embaixador iraquiano nas Nações Unidas, Hamid al-Bayati, afirmou que o país tenciona aderir ao Tratado de Roma, que estabeleceu o TPI, do qual é membro o Reino Unido, mas não os EUA, que rejeitam a jurisdição deste Tribunal. O TPI tem por objectivo promover o Direito internacional. Julga os indivíduos (por genocídios, crimes de guerra, crimes contra a humanidade). Não julga os Estados, que é tarefa do Tribunal Internacional de Justiça.
Seria divertido poder assistir a tal julgamento.
Imagino como é que não estão o Aznar e o Barroso que foram os outros dois a estarem presentes na célebre reunião dos Açores...

E por falar em Barroso. Esta coisa da Ota já começa a cheirar mal. Até aqui foi combate político puro e duro contra a Ota, agora passamos ao combate técnico e no entretanto vão todos querendo mais uns estudos que, como todos sabemos são tudo menos baratos.
Mas entretanto não entendo o porquê de só agora tanto alarido se esta matéria já foi equacionada em governos muito anteriores(Cavaco, Guterres, Barroso, Santana), sendo que por falta de coragem política, esta é que é a verdade, sempre foi relegada ou para a gaveta ou para o silêncio, sendo que a falta de coragem só originou o aumento do custo de tal empreendimento.
Que me desculpem mas o novo aeroporto faz-me lembrar a ponte Vasco da Gama e o CCB. A polémica foi avassaladora, mas hoje estão aí para gáudio e usufruto de quem deles se quiser servir.

Continuando para os lados de S. Caetano à Lapa, gostaria de falar da descida de impostos.
Custa-me a entender não a pura demagogia de Marques Mendes, mas antes o concordar de Miguel Cadilhe.
Tenho para mim que Miguel Cadilhe foi um excelente ministro das Finanças, assim como Leonor Beleza foi da Saúde, por isso causa-me algum arrepio a posição de concordância de Cadilhe face à ideia de baixa de impostos.
Vamos lá pensar claro e com seriedade.
O governo deu um profundo e duro apertão fiscal. Quando tal aconteceu, aqui del-rei porque o aumento de impostos não era promessa eleitoral, etc e etc. Entretanto e por muito que custe ao PSD o governo começa a equilibrar as contas públicas, chegando a números nunca vistos nestes últimos anos.
Mas emboras os números sejam muito bons é um facto que ainda não podemos rejubilar de alegria, até porque a economia nacional teima em permanecer num ritmo ainda lento. Mas claro que já há alguma folga. E claro, como há uma ligeira folga, nada melhor, segundo o PSD, do que estoirar com o que a muito custo se conseguiu amealhar que é para amanhã sermos obrigados a levar mais um apertão brutal.
Claro que nestas coisas há cabeças a funcionar devidamente como é o caso de Manuela Ferreira Leite, só que eles querem é esbanjar e pouco lhe importa o que ela diz.

Mas se na S. Caetano as coisas andam complicadas, no Largo do Caldas ainda é pior. Estou em crer que o Conselho Nacional não melhorou, antes piorou tudo, se bem que Portas é o único culpado desta confusão.

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