quarta-feira, 28 de março de 2007

Boicote imediato. A empresa Mundo do Calçado vai ser a responsável pela abertura no nosso país de várias lojas monomarca da multinacional inglesa de calçado Clarks, que entrará também no circuito das lojas multimarca com o agenciamento da Calçado de Portugal (CDP). Fonte da CDP confirmou, através de comunicado, ter sido convidada para ser agente da Clarks no país e tratar do posicionamento daquela marca em várias sapatarias de todo o país.
Ao mesmo tempo a Clarks pretende apostar em Portugal, abrindo lojas monomarca nas principais cidades, tendo para o efeito nomeado como agente a empresa algarvia Mundo do Sapato. Ao que parece e com preços médios entre os 60 e os 140 euros, os sapatos Clarks vão estar disponíveis no mercado já na estação Primavera/Verão.
Tudo isto é muito engraçado, só que existe um ligeiro problema: a Clarks fechou as três fábricas que o grupo tinha em Portugal - Arouca (2001), Castelo de Paiva (2003) e Vila Nova de Gaia (Elefanten, 2004), lançando para o desemprego 1289 trabalhadores.
Portanto cá para mim os sapatos até podiam ser à borla que eu não irei calçar nenhuns e mais defendo que deveremos todos nós iniciar um boicote não só à marca, mas igualmente a quem se apressou a representá-los.

Vejam só a credibilidade desta gente. Ontem o líder da bancada social democrata no Parlamento, Marques Guedes veio, numa de chico esperto, atacar o ministro das finanças por causa dos impostos e o ministro da saúde por causa dos SAP.
A primeira matéria nem vou comentar, chamo só a vossa atenção para o meu comentário "Ontem foi dia de combate" onde encontram matéria que desmente o senhor do PSD.
Quanto ao segundo ataque, ele merece a minha atenção.
Então não é que o PSD faltou hoje à reunião da Comissão Parlamentar de Saúde em que discutiria o seu pedido de explicações ao ministro Correia de Campos sobre o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP).
Se recordarmos as palavras do líder parlamentar do PSD ("O ministro da Saúde andou a defender o encerramento de mais de cinco dezenas de SAP (...), escudando-se numa pretensa indicação de uma comissão técnica independente, com isso pretendendo sacudir do capote as suas responsabilidades. A verdade é que o ministro mentiu. Não houve qualquer estudo técnico sobre encerramento dos SAP") e depois ficamos a saber que não vai à reunião da Comissão onde tinha interposto um requerimento pedir a presença no Parlamento de Correia de Campos sobre o encerramento do SAP, só podemos e devemos pensar que estes tipos estão a brincar e que no fundo, no fundo eles se estão marimbando para os SAP ou outra qualquer questão. O que lhes interessa é fazer gincana política a par de um pouco de demagogia, já que para mais lhes falta capacidade e querer.

O Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo assinala, no mês de Abril, o centenário do nascimento de Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha. Para tanto o IAN/TT seleccionou, para a sua iniciativa do “Documento do Mês…” três mostras, que têm por base a documentação que se encontra à guarda do Instituto, no fundo documental do Arquivo da PIDE/DGS, e de que fazem parte vários processos relativos a Adolfo Correia Rocha, assim como um Boletim de Informação e o Registo Geral de Presos: o processo de 1939, aquando da publicação do “O Quarto Dia da Creação do Mundo”, publicação que foi considerada obscena e de propaganda comunista e que lhe valeu a prisão; o RGP 11803 e o processo de 1960, aquando da apresentação da sua candidatura ao Prémio Nobel da Literatura, candidatura essa que partilhou com o escritor Aquilino Ribeiro e que lhes valeu uma campanha na imprensa da época, com demonstrações de apoio e desafecto.
Assim, para quem o desejar e durante o mês de Abril do corrente ano a documentação seleccionada encontra-se patente ao público no Piso 1, no Hall principal, junto ao Bengaleiro, de 2ª a 6ª feira, das 9h30m às 17h15m e aos sábados das 9h30m às 12h15m, na morada Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo na Alameda da Universidade em Lisboa.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...