sexta-feira, 9 de março de 2007

O produto interno bruto português registou um crescimento de 1,3% em 2006. Estamos perante o ritmo mais acelerado desde 2004, ano em que se realizou em Portugal o campeonato europeu de futebol Euro’2004. As exportações, com uma subida de 8,8%, foram as que mais contribuíram para o crescimento económico.
Importa lembrar que o Governo antevia um crescimento de 1,4%.
Mas convém não esquecer igualmente que o Banco de Portugal e a Comissão Europeia previam um crescimento de 1,2%.
Já a OCE acertou Em "cheio" foi a OCDE que previa um crescimento de 1,3% no PIB português.

Porque falamos de economia, importa salientar que o Banco Central Europeu subiu novamente o preço do dinheiro. A taxa directora está agora em 3,75%.
Esta subida fica a dever-se ao temor dos governadores dos bancos centrais em que existam tensões inflacionistas provocadas pelos aumentos salariais.
Claro está que estes senhores só podem estar a mangar com o pessoal.
É verdade que a economia europeia cresceu a um ritmo de 2,6% em 2006. É verdade que se espera um ritmo de 2,7% para 2007. É verdade que as fábricas começam a estar a laborar a todo o vapor.
É verdade tudo isto, mas é curto para explicar a subida destes 25 pontos-base (0,25%).
Com o dinheiro a ficar mais caro como é que querem que seja o consumo das famílias a assumir o papel de motor das economias.
Nâo nos podemos esquecer que na zona euro o nível do desemprego é elevado. Mais, as empresas têm estado a obter lucros mínimos, pelo que neste momento pretendem estabilizar custos e obter mais lucros, logo ou os aumentos vão ser diminutos ou o desemprego vai aumentar.
Embora o nosso país não possa servir de exemplo para aquilatar o que ocorre na zona euro, importa salientar que os portugueses começam a não conseguirem fazer face às despesas que possuem. Só a mero título informativo pode-se dizer e a Euribor a 6 meses, que é só a taxa mais usada no crédito à habitação, subiu 45% no ano anterior.
Em face disto, não esperem que seja a população o tal motor.
Talvez seja tempo de todos nós mostrarmos a esse grupo de pseudo-sábios que a economia é algo mais do que gráficos e números traçados numa qualquer folha.

Deixemos a economia e viremo-nos para a história. Alemanha quer aproveitar a presidência da União Europeia para criar um Livro Europeu de História para os estudantes dos 27 estados-membros. E, ao que parece, até já tem um manual franco-alemão para servir de modelo.
Cá por mim a União Europeia já impõe demasiadas harmonizações, por isso não nos queiram agora impor mais esta.
Arthur Schopenhauer disse que: "o que a história conta não passa do longo sonho, do pesadelo espesso e confuso da humanidade".
Pois bem, nós portugueses (sem falsos nacionalismos) temos direito ao nosso sonho e ao nosso pesadelo, assim como toda e qualquer outra nação tem.

Tribunal civil versus justiça militar. Alguma coisa se está a passar que não consigo perceber. O tribunal administrativo de Sintra decidiu manter, embora com carácter provisório, as providências cautelares (de 14 e 15 de Fevereiro deste ano) que suspenderam a aplicação da pena de detenção - de cinco a sete dias, ordenada pelo comandante operacional da Força Aérea - a 10 sargentos deste mesmo ramo das Forças Armadas.
Quer isto dizer que o Tribunal decidiu manter em liberdade os sargentos que tinham sido punidos disciplinarmente pela Força Aérea.
As Forças Armadas assentam numa base onde a disciplina e a hierarquia são a referência fundamental do seu funcionamento. O que este tribunal civil fez foi derrubar esses pilares. Ao ajuizar neste sentido fez tábua raza de um RDM que está em vigor e disse que daqui para a frente os militares podem contestar o que quer que seja e da forma como quiserem porque jamais vão sentir o peso de um Regulamento que aceitaram de viva voz quando entraram para a instituição.
Andou mal o Tribunal neste caso como continua a andar mal em muitos outros. E já agora quem julga os juízes?
Para mais sobre esta matéria pode ver-se o RDM e o Código de Justiça Militar.

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