quarta-feira, 7 de março de 2007

Bardaonça com esses gajos. O relatório do Departamento de Estado norte-americano sobre direitos humanos aponta imensas críticas a Portugal, nomeadamente abusos das forças de segurança, más condições das cadeias, recurso excessivo da prisão preventiva e tráfico de mão-de-obra estrangeira e de mulheres.
Se não fosse lamentável, até podia divertido.
Desde quando é que um país que faz o que faz em Guantanamo, que faz o que faz aos hispânicos e negros residentes nos EUA, onde os polícias utilizam uma brutalidade vergonhosa, para além de muitas outras práticas contrárias aos direitos humanos, tem autoridade para criticar os outros? Ora tenham lá paciência.
Boa malha a resposta do nosso MAI.

Fechem-se ainda mais. A Igreja em vez de se abrir para o Mundo, insiste em fechar-se cada vez mais dentro da sua concha.
O Vaticano vai divulgar no próximo dia 13 de Março um documento do Papa sobre a eucaristia, onde este defende um maior "decoro e sobriedade" nas celebrações.
A exortação apostólica de Bento XVI, que tem por título "Sacramentum Caritatis", propõe diversas reformas litúrgicas nas missas, como a recuperação do canto gregoriano ou a música polifónica clássica, por forma a que o seu uso seja mais generalizado na celebração das missas.
O Sumo Pontífice pretende que sejam excluídas um conjunto de liberdades litúrgicas que foram introduzidas à sombra da reforma conciliar do Vaticano II (1965), como sejam as músicas de origem secular e os instrumentos "inadequados para o serviço litúrgico" (guitarras eléctricas e baterias, entre outros instrumentos).
Mas o que mais surpreende na reforma da "Sacramentum Caritatis" é a solicitação papal para que o latim seja usado com maior frequência nas celebrações (na missa e outros actos litúrgicos), contrariando assim mais uma das disposições do Vaticano II que determinou o uso das línguas vernáculas em todos os actos litúrgicos da Igreja Católica.
Ainda não é público todo o conteúdo do novo documento papal, mas só o facto de "propor" a adopção da missa em latim já merece a nossa contestação, para além de que se pode aferir daqui que o sector mais conservador da Igreja (Sociedade São Pio X, por exemplo, cujos seguidores foram considerados cismáticos pelo próprio João Paulo II) de que Bento XVI é admirador está apostado em dominar a Igreja.
(Vaticano II tem duas ligações diferentes)

Cavaco dá "segundo tiro" em Jardim. O facto do Presidente Cavaco Silva ter promulgado a Lei de Finanças Regionais sem quaisquer reparos já tinha sido visto como um tiro do "sr. Silva" no porta-aviões de Jardim. Claro está que Jardim no seu diário de bordo falou de tudo e de todos, menos do tiro dado pelo "sr. Silva".
Pois bem o "sr. Silva" acaba de lhe dar mais um fogacho.
Marcou para o dia 6 de Maio as eleições antecipadas na Madeira, mas deixou um aviso a Alberto João Jardim: o Governo regional fica “limitado à prática dos actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos da Região”, sendo que a recomendação de Cavaco Silva ao Governo regional surgiu após o alerta feito pelos partidos da oposição durante a ronda de audiências na semana passada, para os alegados abusos de João Jardim na pré-campanha. Estamos pois, perante um "tiro" que Cavaco só disparou após a oposição ter apontado e desprezando as palavras do artilheiro.

E Marques Mendes o que acha da nota, lida ontem pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República, Nunes Liberato, onde Cavaco Silva deixou o seguinte apelo: “Que este acto eleitoral, bem como a campanha que o precede, decorram com serenidade e elevação, e que o debate democrático entre as diversas forças políticas constitua uma oportunidade para o esclarecimento de todos os madeirenses quanto ao seu futuro”.
E já agora o que é que ele pensa do PSD-Madeira ter criticado a ida de elementos da Comissão Nacional de Eleições (CNE) à Madeira, no âmbito das eleições antecipadas, por considerar que a sua visita se trata de uma “vilegiatura que indica conflitualidades”, sendo que no comunicado distribuído no Funchal, o PSD-Madeira salienta que “nunca reconheceu a comissão” porque a sua constituição, sendo composta por representantes dos partidos e vários ministérios, “não lhe garante objectividade”.

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