Lá foi a OPA. A Opa proposta por Paulo e Belmiro foi à vida. Para a história fica um ano de propostas e contrapropostas, de guerras surdas pelo meio, de posições de força, enfim fica muita coisa. Agora o que ressalta em primeiro lugar é tão só uma grande derrota da Sonae e uma vitória incontestada de Ricardo Espírito Santo, Berardo, de Granadeiro e Zeinar Bava.
O futuro já ditou a sua lei e que se pode resumir em: a Sonae pode avançar para a PTMultimédia, mas terá de ter muitas cautelas e não vai ser nada fácil.
Mais, a Sonae deixa de ter um parceiro fabuloso que é a Telefónica. Queiramos quer não, a Telefónica só ficou ao lado da Sonae, porque caso esta ganhasse, tinha o caminho aberto para ficar com a Vivo (a operadora móvel do Brasil) a um preço fabuloso. Como é evidente este negócio interessava quer à Sonae, quer à Telefónica.
À Sonae porque realizava de imediato dinheiro que era muito bem vindo face ao negócio. A Telefónica porque comprava a preço de saldo a outra metade da Vivo ficando senhora e mandadora de uma operadora móvel do Brasil, operadora essa que já representa cerca de 30% do tráfego móvel brasileiro.
Era um negócio supimpa para os dois. Azar. Quem tudo quer tudo perde.
Merece destaque a posição do Governo que se absteve, deixando funcionar o mercado.
Por falar em Governo, diga-se que estou com uma enorme curiosidade sobre o sistema de pagamento do lixo e sobre a reestruturação das forças de segurança.
Já não estou com curiosidade sobre a asneira que o Governo vai fazer vendendo uma vasta série de veículos.
Numa altura em que a componente ambiental é de suprema importância, componente essa que vai aliás se repercutir no preço dos veículos, o Governo vai vender uma quantidade enorme de veículos, sendo que a quase totalidade está em péssimas condições. Ora sendo assim o porquê do Governo não os entregar nos centros de abate.
Isto não é só criticar o cidadão, é preciso dar o exemplo e neste caso o exemplo deixa muito a desejar.
Não tenho por hábito dissecar aqui matéria ligada ao futebol. Tenho as minhas preferências clubísticas, mas não passo daí.
Mas este fim-de-semana ocorreu uma situação que não posso deixar passar em claro.
Nos jogos de futebol deste fim-de-semana deveria ser guardado um minuto de silêncio em memória daquele que foi guarda-redes do Benfica e da Selecção Nacional.
Em todos os estádios isso aconteceu, com excepção do estádio do Dragão, onde a claque dos Super Dragões fez questão de assobiar e de entoar cânticos menos próprios para com o Benfica.
Trata-se de uma atitude inqualificável que prontamente foi abafada pelas palmas dos restantes espectadores presentes no estádio e que fizeram questão de dar a saber que não acompanhavam o pensamente daquela claque portista.
Como todos sabemos a problemática das claques ultrapassa o grupo de adeptos que as formam. As claques quer queiram quer não, são um problema do clube e se hoje elas são o que são é porque os clubes as deixaram à solta.
Impunha-se que no sábado o sr. Pinto da Costa sempre tão rápido e verrinoso nas apreciações, tivesse sido rápido a condenar publicamente a atitude dos Super Dragões. E mesmo que não o quisesse fazer pelo Bento guarda-redes do Benfica, deveria te-lo feito pelo Bento guarda-redes da Selecção ou pelo Bento homem que merece o respeito de todos e cada um de nós.
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