quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O grupo Parlamentar do Partido Socialista foi ontem até São Bento onde decorreu o Jantar de Natal desse mesmo grupo. Frente a cerca de duzentas pessoas José Sócrates lembrou os resultados obtidos pelo Governo em 2007, destacando as questões económicas e sociais.
Agora, o curioso de tudo isto não foi ter havido jantar. O curioso foi Manuel Alegre se ter sentado na mesa onde Sócrates se ia sentar.
Convém não esquecer que Alegre para além de ter um diferendo com Sócrates, tem sido um crítico acérrimo do Governo, do Primeiro-Ministro e também do Secretário-Geral do PS.
Ora eu, no caso de Alegre, por uma questão de dignidade e pundonor para comigo mesmo, nunca me teria sentado na mesma mesa. E não me lixem com a teoria de que é Natal...

Ontem, aquele que a oposição designa por incompetente, burocrata e outros epítetos que tais, arrecadou uma dupla vitória para Portugal. Estou a referir-me a Jaime Silva, ministro da Agricultura e Pescas.
O aumento de quotas de pesca e restruturação da vinha portuguesa nos moldes em que foram negociados é uma vitória demasiado importante para que não seja reconhecida e lamento que os carrascos de outrora não tenham agora coragem de publicamente dar os parabéns pelos resultados obtidos.
Numa altura em que os dois campos estão a sofrer um ataque fortíssimo (os vinhos portugueses estão a sofrer uma pressão violentíssima por parte de vinhos produzidos no Novo Mundo) este resultado é uma lufada de ar fresco.
Agora é importante que tudo seja feito com total transparência e que possibilite a reorganização e o desenvolvimento necessários.

E porque falamos em agricultura. É preciso castigar seriamente os culpados por tudo o que aconteceu na Herdade de Vale Médico.
Nesta Herdade foram abandonados 200 animais, na sua maioria porcos.
Uns morreram à fome, outros estavam doentes... enfim um verdadeiro atentado contra a saúde pública.
Ao que parece a situação ilegal em que laborava esta Herdade já era do conhecimento do município de Alcácer do Sal desde desde o ano de 2000, com base em diversos ofícios emitidos pelo Ministério da Agricultura.
É igualmente certo que o proprietário possui uma outra exploração no concelho, esta devidamente legalizada e que foi por estar descapitalizado (afirmações dele) que deixou de ter condições para alimentar os animais.
Isto é uma desculpa reveladora de baixo carácter. Aliás são casos destes e o das descargas na Ribeira dos Milagres que mostram muita da fina flor que se encontra à frente das explorações deste tipo.
E já agora deixo aqui um apelo ao ministério da Agricultura: não se esqueçam de incluir o artista na lista de subsídios a atribuir seja para o que for.

Agora uma boa notícia. O Museu de Serralves do Porto está à distância de um clik. Basta www.serralves.pt para poder aceder, a partir de hoje, a imagens e informação sobre pinturas, esculturas, fotografias ou instalações de artistas como Paula Rego, Julião Sarmento, Fernando Lanhas, Alberto Carneiro, Álvaro Lapa, Eduardo Batarda, Pedro Cabrita Reis, Claes Oldenburg ou Richard Long.
São 3300 obras posteriores a 1968. A colecção de Serralves integra não só peças adquiridas pelo museu como obras de arte doadas à fundação ou ali depositadas pelo Estado e coleccionadores privados.
Para além desta componente de arte contemporânea, a plataforma digital incorpora mais três núcleos: o acervo de Carlos Alberto Cabral, conde de Vizela e primeiro proprietário da Casa de Serralves; o arquivo fotográfico da fundação, com imagens de espaços, exposições, artistas e actividades; e vários acervos documentais, caso da Colecção E. M. de Melo e Castro, Colecção Raymond Hains e Colecção Porto 69/70.
Esta é uma excelente prenda.

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