Vamos lá à crise do BCP. Já estávamos a adivinhar, e depois do que ontem disse, que as coisas iam ficar difíceis para os actuais e antigos administradores do Millenium/BCP.
Estando de saída a administração da CGD e tendo esta desempenhado as funções de forma competente e a contento de todos é normal que os elementos sejam de imediato repescados para outros locais.
Por tal, e estando mais que demonstrado que nem Pinhal, nem de Beck tem condições para continuar, era normal que os accionistas demonstrem vontade por quem desempenhou bem as suas funções.
Claro que Filipe Menezes tinha que vir a terreiro, a sua veia populista impede-o de se manter calado, mesmo que o assunto ultrapasse os meandros da política.
Menezes afirmou aos jornalistas, à entrada para uma iniciativa da JSD, que decorreu esta tarde na sede do PSD/Porto «já não chega a tutela sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), colocada completamente ao serviço do projecto socialista, como agora o apetite já está no BCP», esquece-se que o poder no BCP é dado pelos accionistas e não pelo Governo. Mais, não ouvi qualquer crítica quando um alto quadro do PSD, Paulo Teixeira Pinto, foi chefiar o BCP.
Mas como atacar Santos Ferreira, considerado por todos um excelentre quadro, não é fácil, nem politicamente correcto, Menezes optou por trazer para terreiro o nome de Armando Vara, também ele elemento da administração da CGD e também ele de saída.
Menezes deve começar a rever os vídeos sobre o que disse enquanto disputava a corrida à presidência do PSD com Mendes, para depois não cair em contradições patéticas.
Num debate na SICNotícias entre Menezes e Mendes, o primeiro referiu que não criticava a ida de Vara para a Caixa porque quem tem capacidade para ser ministro, também tem capacidade para ser vogal da administração da CGD.
Então se era assim quando Menezes disputava o lugar de Mendes, porque que é que agora que já ocupa o referido lugar, tudo tem de ser diferente.
Pior que isso, como é que alguém depois de ter este paleio todo tem o desplante de dizer que Cadilhe «seria um grande presidente da CGD», afirmando que «está na altura de o Governo nomear para presidente da CGD uma personalidade próxima da área do maior partido da oposição».
Isto não é pensar na instituição, é pensar no maior partido da oposição e assim, adeus credibilidade.
E agora uma prenda boa e agradável. Cinco novos sítios na internet de outros tantos museus dependentes do Instituto dos Museus e da Conservação acabam de ser disponibilizados aos cibernautas.
Entre os estreantes online, encontram-se o Museu D. Diogo de Sousa (www.mdds.imc-ip.pt), o Museu de Évora (www.museudevora.imc-ip.pt), o Museu da Guarda (www.museudaguarda.imc-ip.pt), o Museu de José Malhoa (www.mjm.imc-ip.pt) e o Museu Nacional de Machado de Castro (www.mnmachadodecastro.imc-ip.pt).
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