quarta-feira, 14 de maio de 2008

Olhem, nem sei se hei-de rir se chorar... José Gabriel Funes não é um padre qualquer, é tão só um jesuíta argentino que dirige o Observatório do Vaticano em Castel Gandolfo, perto de Roma.
Para este padre a crença em Deus é compatível com a crença nos extraterrestres e tanto o é que ele afirma que «como astrónomo, continuo a acreditar que Deus foi o criador do Universo», porque mesmo que «não tenhamos para já nenhuma prova», «não podemos excluir a hipótese» de haver outros planetas habitados. E refere ainda que «tal como existe uma multiplicidade de criaturas na terra, poderia haver outros seres, igualmente inteligentes, criados por Deus». É com base nesta teoria que o padre Funes sugere que se fale então do «nosso irmão extraterrestre».
Se tudo isto já é um pouco hilariante (não a existência de outros seres, mas o conceito em si) agora imaginem que ele faz questão de ser bem explicito ao afirmar que admite poder haver um planeta habitado por seres que não cometeram o pecado original.
A entrevista ao “L'Osservatore Romano” de ontem é uma peça que deve ficar para a história, quanto mais não seja porque atira fora o "Livro dos Génesis" e porque demonstra a confusão que paira em muitas cabeças do Vaticano, já que, e tanto quanto sei, a Teoria do Big Bang explica a origem de nosso Universo, não do mundo.

Escusado, indecente, sei lá mais o quê?! 'Se nos dias que correm a segurança das famílias e dos seus bens está na ordem do dia, não é menos verdade que essa segurança tem que ser garantida. Foi desta forma que pensámos nesta magnífica oferta de boas-vindas para os nossos novos residentes.'
Este é o texto de uma brochura que publicita o condomínio, ainda em construção, ‘‘Moradias de Bicesse’, no concelho de Cascais, no concelho de Cascais.
Se apelar ao sentimento de insegurança como sistema de marketing, já é reprovável, mais reprovável é uma empresa de mediação imobiliária está a vender casas onde o cão já vem incluído (um pastor alemão).
Palavras? ... não tenho.

Às 00h00 de hoje verificou-se o 15.º aumento do preço dos combustíveis desde o dia 1 de Janeiro. Significa isto que em média tivemos 3 aumentos por mês.
Vergonhoso. Escandaloso. O que quiserem.
E não me venham com a conversa de que as petrolíferas são só os tomadores de preço, porque isso é mesmo só conversa.
Aliás a toma é tão grande que a BP conseguiu no 1º trimestre um lucro de 63 por cento superior ao de igual trimestre do ano passado.
Tá tudo tomado, mas é de assalto, em especial os bolsos dos portugueses.
E esta situação favorece não só as petrolíferas, favorece também o Estado, talvez seja por isso que ele está mudo e quedo.
Mas continuo sem perceber.
O crude é pago em dólares, mas o dólar está cada vez mais baixo relativamente ao euro. Então como é que o crude está mais caro?
Um barril de crude custa 126 dólares, mas 1 euro vale 1,5493 dólares, logo o barril de crude custa 81 euros.
Quando o barril custava 100 dólares e 1 euro valia 1,0341 dólares, o barril ficava a 96 euros, ou seja, mais caro.
Isto é que é a realidade das coisas e tudo o resto é paleio de praia.
E mais: um barril de petróleo (BBL) contém 42 galões americanos, o equivalente a 159 litros. De cada barril de petróleo extrai-se em média 74 litros de gasolina, 34 litros de gasóleo, 15 litros de combustível para aeronaves e 42 litros de outros derivados como lubrificantes, asfalto e plásticos.
É só fazer as contas e ver em quanto é que somos roubados.




Sem comentários:

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade