Que tristeza. Ainda pensei, quando vi perfilarem-se os candidatos à liderança do PSD, que agora é que o governo iria ter uma oposição à altura que o obrigasse a ser menos displicente em determinadas situações.
Claro que a melhoria na oposição não se ficaria a dever a Santana Lopes, até porque a única coisa que ele tem em excesso é a voluntariedade. Foi assim no Sporting, na Câmara da Figueira (ainda hoje Duarte Silva tem nos braços esse excesso de voluntarismo), na Câmara de Lisboa, no Governo... enfim.
Como é evidente também não seria Patinha Antão o elemento-chave de uma melhor oposição, mas que diabo de Ferreira Leite e de Passos Coelho, esperava-se muito.
Esperava-se muito, mas afinal, a montanha não pariu duas ratazanas, mas sim dois ratinhos pequeninos.
Vejamos.
Ferreira Leite difere de Sócrates porque é mais social, mas quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito. Nos combustíveis está de acordo com o governo, como não podia deixar de ser, já que foi uma das mentoras da liberalização do sector (e na altura toda a gente disse que esta liberalização dava origem a que as petrolíferas dominassem a seu belo prazer e que a liberalização seria mais condizente com os revendedores do que com as petrolíferas).
Quanto a Passos Coelho, para além de umas ideias perfeitamente desconexas e a revelar muita impreparação, ele faz questão de se apresentar como o melhor posicionado porque diz «Eu não lhes dou nenhum pretexto pessoal para andarem sempre a recordar a nossa governação». Quer isto dizer que só ele está em condições de evitar essas alusões ao passado.
Isto chega para fazer uma oposição forte?
Nem pensar.
Isto parece-me aquelas obras chatas que por muito que mudemos de página, não nos livramos do mesmo texto.
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