Ontem disse que a Junta Militar que governa Myanmar exercia uma ditadura déspota, sanguinária, reles. Não estava enganado, mas fui brando em demasia. Myanmar é governado por um grupo de assassinos que merece, enquanto vivos e capazes, serem julgados pelo Tribunal Penal Internacional (claro que os Estados Unidos e a China, Índia, Paquistão, Indonésia, Iraque, Turquia, Egipto, Irão, Israel e Rússia não ratificaram).
Só o TPI é capaz de julgar quem coloca todos os entraves possíveis e impossíveis à entrada de auxílio internacional. A Junta birmanesa só está interessada em dinheiro e material. Não quer equipas de busca e salvamento, médicos, enfermeiros, ninguém. Só quer mesmo os valores materiais para continuar a usufruir de todas as condições em detrimento do povo subjugado.
É aqui que falha o direito e a justiça internacional.
Aliás o noticiário internacional de hoje é farto em paradoxos que nos deixam perplexos e questionantes sobre o como é isto possível e senão vejamos:
-Alberto Fujimori, actualmente na cadeia por abuso de poder e desrespeito pelos direitos humanos enquanto governou o Perú (de 1990 a 2000) prepara na cela a campanha do seu partido para as eleições de 2011.
-o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, admitiu ter recebido dinheiro de um empresário norte-americano quando era autarca em Jerusalém, mas afirmou que não vai renunciar ao cargo.
Que curioso. Ontem ouvi o Fernando Ruas (presidente da Associação Nacional de Municípios, presidente da Câmara Municipal de Viseu e militante social-democrata) dizer que apoia Pedro Passos Coelho na corrida à liderança social democrata porque "com ele [Passos Coelho] altera-se a situação: é o eng. Sócrates que tem que explicar o passado e não ele. O PSD precisa de um 'click' e a força dos seus 44 anos podem gerar isso".
O apoio não é porque as propostas do candidato sejam mais interessantes para o PSD, é sim porque tem 44 anos e não tem passado.
Desculpem lá qualquer coisinha, mas isto é...
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