segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Dá para desconfiar. A jornalista Felícia Cabrita veio ontem dizer no Jornal da TVI que se fez "uma chacina numa figura pública com base num livro sem credibilidade nenhuma”.
Não é por nada, mas se estas são as palavras de Felícia, Pinto da Costa tem razões para ficar preocupado.
Felícia não tem primado por uma posição deveras deontológica.
A cena passada com o "24horas" por causa de um amigo, pseudo-amigo ou nem sequer conhecido da Carolina Salgado não abona nada em favor da jornalista que já tinha sido motivo de reprovação aquando da ligação ou pseudo-ligação desta mesma jornalista com o casapiano Pedro Namora.

Ainda dentro da polémica futebolística. Hermínio Loureiro, presidente da Liga, está contra a participação de arguidos do processo ‘Apito Dourado’ na lista do Conselho de Arbitragem que vai concorrer às eleições da Federação Portuguesa de Futebol.
Diz, sobre esta situação o ex-secretário de Estado do Desporto “Acho mal. Mas o que é que eu posso fazer para alterar essa situação? Acho mal. Acho mal. Que ninguém tenha dúvidas disso.”
Acrescentou ainda “O dr. Gilberto Madaíl apenas me informou sobre as ideias gerais do seu projecto para os próximos anos da Federação. Não falámos de nomes. E como o projecto me agradou, a Liga decidiu subscrever a candidatura do dr. Gilberto Madaíl.” e para terminar rematou “Eu fui indicado pela Liga, de acordo com os Estatutos da FPF que estão em vigor. E estou na lista da direcção, onde não consta qualquer arguido do processo ‘Apito Dourado’. Mais, se houvesse dez listas, eu tinha de fazer parte delas todas. Teria de ser vice-presidente em todas elas.”.
E eu direi a tudo isto que se estivesse no lugar de Hermínio Loureiro, primeiro nem me candidatava à Liga e segundo e pela limpeza que diz ter norteado a sua candidatura, recusava integrar a lista, mas claro que isto sou eu...

Os pilotos. Os pilotos de aviação civil vão realizar um protesto contra o aumento da idade de reforma, que o Governo quer subir para os 65 anos.
Perante a pretensão do executivo de José Sócrates o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil decidiu que os seus associados vão cumprir os seus dias de folga e de férias a partir de quarta-feira.
Uma fonte do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil disse que a escolha do dia de início do protesto tem como objectivo dar tempo às companhias aéreas para organizarem as suas escalas.
Ontem, em declarações à SIC, o sindicato afirmara que esta decisão pode levar a que um grande número de voos seja cancelado.
Sobre isto sou forçado a dizer duas coisas.
Primeira. Estou de acordo com o protesto. A questão da aplicabilidade da reforma aos 65 anos não deve ser generalizada. Há profissões que devem ser tomadas em consideração e a dos pilotos é uma delas. trata-se de uma questão de segurança quer para os passageiros quer para o comum dos mortais.
Segunda. A segunda é mais gravosa e revela imbecilidade por parte do próprio Sindicato. Ora vejamos: o que o Sindicato nos está a dizer é que os pilotos não cumprem os seus dias de folga e os de férias, que o mesmo é dizer que não fazem os intervalos de descanso quando devem, o que quer dizer que trabalhem mais do que é permitido, o que quer dizer que a ser assim os pilotos estão já a colocar em risco a segurança dos passageiros, o que poderia levar a dizer que se fazem isto, porque não trabalhar até aos 65 anos.
Foi uma pedrada lançada pelo Sindicato, mas que acabou por estilhaçar as próprias janelas. E depois não aceitam que os sindicatos devem levar uma lufada de ar fresco...

Leiam a entrevista do chefe da equipa da OCDE que fez o relatório sobre ensino superior. Vale a pena.

Sem comentários:

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade